sexta-feira, 5 de julho de 2024

Apesar de pressão das ações da Vale (VALE3), Ibovespa fecha no azul

Após abrir no campo positivo, o Ibovespa passou boa parte da tarde rondando a estabilidade mas conseguiu fechar em alta



Após abrir no campo positivo, o Ibovespa passou boa parte da tarde rondando a estabilidade mas com tendência de queda graças a perdas de ações com peso relevante na composição da carteira teórica. No pano de fundo, investidores digerem os dados de trabalho nos EUA, mas ainda de olho nos movimentos em Brasília.

Payroll: EUA criam vagas de emprego acima do esperado, especialistas analisam

Nesta sexta-feira (05), o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados do payroll, dizendo que o país norte-americano criou 206 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de junho.

O indicador ficou acima das estimativas dos analistas, que de acordo com consenso, era para ser 190 mil vagas no mês.

Além desse dado, o departamento também divulgou que taxa de desemprego ficou em 4,1%, acima dos 4,0% do mês anterior. A taxa esperada pelos analistas era estável em 4,0%.

O especialista em análise macro, Fabio Fares, conversou com o portal da BM&C News e analisou os dados do Payroll e o impacto tanto na economia americana, quanto mundialmente.

Segunda Fares, o relatório é mais um sinal de que a economia americana está desacelerando. ”A criação de empregos no setor privado foi fraca e as revisões do mês anterior foram negativas. Além disso, o crescimento dos salários semanais continua diminuindo e a taxa de desemprego está sob pressão, subindo pelo segundo mês consecutivo”, completou o especialista.

Cenário doméstico: Lula muda o tom e mercado reage bem

A primeira semana de julho foi intensa. Picos no dólar, volatilidade na bolsa e juros longos sentindo toda a pressão das incertezas domésticas. O presidente Lula não se furtou de comentários duros.

Num primeiro momento fez declarações que estressaram o mercado. O dólar chegou a R$ 5,70. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou em cena: “O ministro da Fazenda precisa fazer o que tem feito de melhor, ser o mediador entre governo, mercado financeiro e Congresso. Haddad tem a confiança de Lula e sabe da importância da mediação neste momento delicado”, comenta o analista político Anderson Nunes.

O que explica a insistência de Lula nos ataques ao BC são pesquisas internas que sinalizam apoio da população às críticas aos juros altos e a Campos Neto. O levantamento mais recente que passou pela mesa do presidente da República indicou que mais de 60% dos brasileiros concordam com os ataques do petista ao Banco Central. O número reforçou a crença do presidente de que precisa bater no BC para ajudar a recuperar os índices de popularidade e ajudar o PT a ganhar terreno nas eleições municipais.

Lula só recuou com apelos do ministro da Fazenda, numa reunião do núcleo econômico do governo. O resultado foi o esperado. O presidente mudou completamente o tom: fez discurso enaltecendo o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. Veja aqui.

Haddad convenceu o chefe de que as críticas ao Banco Central, embora encontre simpatia no eleitorado, poderiam elevar a inflação. “Lula fala para o eleitor dele, que num primeiro momento fica satisfeito. porem no futuro podemos ter como consequência os preços mais altos que também vai afetar todos os brasileiros, principalmente os mais pobres”, alerta Mário Goulart, analista CNPI e criador do canal do Analisto

Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:

  • Ibovespa: 126.267,05 (+0,08%)
  • S&P 500: 5.567,19 (+0,54%)
  • Nasdaq: 18.352,76 (+0,90%)
  • Dow Jones: 39.375,87 (+0,17%)
  • Dólar: R$ 5,46 (-0,44%)
  • Euro: R$ 5,92 (-0,2%)
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Ibovespa sobe com dados de emprego nos EUA

Mercado analisa dados de trabalho e monitora a política monetária dos Estados Unidos



O Ibovespa iniciou esta sexta-feira (5) em alta, refletindo números recentes sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e especulações sobre as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed).


Às 10h30, o índice registrava uma leve queda de 0,32%, aos 126.093,46 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 14 de agosto, subia 0,06%.


Os dados mais recentes indicam que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou em junho, com a taxa de desemprego subindo para 4,1%. Esse cenário aumenta a probabilidade de o Fed conseguir controlar a inflação sem causar uma recessão. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia gerou 206 mil empregos fora do setor agrícola em junho, enquanto os números de maio foram revisados para baixo, de 272 mil para 218 mil vagas.


O relatório de emprego sinaliza que a tendência desinflacionária está se firmando após um aumento da inflação no primeiro trimestre. Essa perspectiva pode fortalecer a confiança das autoridades do Fed em relação ao controle da inflação e impulsionar o banco central a considerar cortes na taxa de juros ainda este ano. Desde julho passado, o Fed mantém sua taxa de referência na faixa de 5,25% a 5,50%. A ata da reunião de junho do Fed revelou que as autoridades notaram uma desaceleração na economia e uma diminuição das pressões sobre os preços.


Desde 2022, o Fed aumentou a taxa de juros em um total de 525 pontos-base para combater a inflação. O mercado financeiro continua otimista, especulando que o Fed possa iniciar um ciclo de afrouxamento monetário em setembro.


Paralelamente, o dólar apresentou uma alta frente ao real nas primeiras negociações desta sexta-feira, encerrando uma semana marcada pela desconfiança do mercado em relação às contas públicas brasileiras e críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política monetária nacional. O dólar à vista subia 0,33%, cotado a 5,4926 reais. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,15%, a 5,5070 reais.

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Pré-Mercado: dados de emprego nos EUA no radar

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta sexta-feira, 5 de julho



Bom dia. Estamos na sexta-feira, 5 de julho.


Cenários


Após a pausa do feriado do Dia da Independência, os mercados americanos retomam a atividade nesta sexta-feira (05) à espera dos dados de emprego de junho. Serõ divulgados o nível de criação de empregos não agrícolas (“non-farm payroll”), a taxa de desemprego e a variação do salário médio por hora, além de outros indicadores.


Esses números são particularmente importantes porque outros indicadores divulgados nesta semana mostraram um arrefecimento do mercado de trabalho.


Na quarta-feira (03) o nível de emprego ADP de junho mostrou uma desaceleração. Foram abertas 150 mil vagas líquidas, abaixo das 157 mil de maio e da expectativa de 163 mil.


E também na quarta-feira foi divulgado o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego. A divulgação, que ocorre às quintas-feiras, foi antecipada devido ao feriado. E o número superou as projeções, também mostrando um desaquecimento do mercado. Foram protocolados 238 mil pedidos, acima da expectativa de 234 mil. E o número da semana anterior foi revisado para cima, subindo de 233 mil para 234 mil.


Perspectivas


Em suas declarações mais recentes, os diretores do Federal Reserve (FED), o banco central americano, têm reiterado que a trajetória da política monetária nos Estados Unidos vai depender do comportamento da economia. Ou seja, de indicadores como a inflação, o emprego e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Se o “non-farm payroll” vier em linha com os demais indicadores da semana e confirmar uma desaceleração do nível de emprego, isso será um argumento robusto a favor da redução dos Fed Funds.


Indicadores


- Brasil

Sem indicadores relevantes


- Estados Unidos

Emprego não-agrícola (Jun)

Esperado: 191 mil

Anterior: 272 mil


Taxa de desemprego (Jun)

Esperado: 4,0%

Anterior: 4,0%


Salário médio por hora (12m)

Esperado: 3,9%

Anterior: 4,1%

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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Ibovespa fecha em alta com acenos do governo

O Ibovespa fechou no azul com a repercursão positiva dos investidores para os acenos do governo de cumprimento do arcabouço fiscal



Segundo a análise de Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, depois de semanas de críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, feitas pelo presidente Lula e por membros do governo, e de fazer o dólar futuro trabalhar acima dos R$5,70, o governo parece que alinhou o discurso interno e deu indícios de que pode olhar com mais seriedade o controle e corte de gastos, como visto nas palavras de Fernando Haddad.

Se de fato isso irá acontecer, é uma dúvida que fica, porém, o mercado precisava desse incentivo para acalmar as curvas de juros e o dólar, o que de fato vemos acontecer hoje.

Segundo especialista, o estresse do dólar e da curva de juros, foram causados totalmente, na minha visão, em função das falas do presidente Lula e de membros do governo, que desconsideram todas as questões técnicas que envolvem a decisão do Copom sobre a taxa de juros e o trabalho que vem sendo feito pelo BC do Brasil, evitando que o cenário piore ainda mais.

Um país emergente como o Brasil não pode ter uma diferença de juros tão grande em relação aos EUA, sob pena de ter uma fuga de capital estrangeiro – como vimos acontecer em grande volume no primeiro semestre – o que consequentemente poderia fazer com que entrássemos em um ciclo vicioso de alta do dólar, aumento da inflação e, por consequência, aumento da Selic.

Agora que o governo procurou ajudar o Banco Central no combate à inflação, indicando que pode buscar efetuar um corte de gastos e buscar cumprir o arcabouço fiscal, distensionou de forma substancial a curva futura de juros e o dólar nos últimos dois dias.

Com a queda das curvas futuras de juros, naturalmente já observamos entre as maiores altas do Ibovespa papéis como VAMO3, LREN3 e MGLU3, que são extremamente sensíveis à variação dos juros e se beneficiam dessa queda.

Já na parte de baixo do Ibovespa, vemos PETR4 e PETR3 logo após uma grande mudança de executivos da companhia, optando por remover profissionais técnicos e substituí-los por indicações políticas, trazendo de volta um filme conhecido na cabeça dos acionistas e a preocupação com a interferência do governo que volta mais uma vez.

Além disso, SUZB3, que tem grande influência do dólar, também aparece na parte de baixo, juntamente e acompanhando o recuo da moeda.

Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:

  • Ibovespa: 126.163,98 (+0,40%)
  • Dólar: R$ 5,48 (-1,47%)
  • Euro: R$ 5,93 (-1,2%)
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Ibovespa sobe após Lula autorizar corte de gastos públicos; dólar cai 1,7%

Com volume reduzido devido ao feriado nos EUA, mercado reage positivamente a compromissos fiscais do governo brasileiro e queda do dólar



O Ibovespa buscava manter o viés positivo nesta quinta-feira (4), em meio a notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou corte de gastos públicos, em uma sessão que deve ter volume reduzido por causa do feriado nos Estados Unidos.


O Ibovespa buscava manter o viés positivo nesta quinta-feira (4), em meio a notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou corte de gastos públicos, em uma sessão que deve ter volume reduzido por causa do feriado nos Estados Unidos.


Em suas aparições públicas ao longo da quarta-feira, Lula não criticou a política monetária do BC ou mencionou a alta recente do dólar. Ele havia dito anteriormente que a valorização da moeda norte-americana se tratava de um “ataque especulativo”.


O governo trabalha com uma meta de déficit fiscal zero em 2024 e 2025, mas o alvo é visto com desconfiança por agentes do mercado, especialmente após indicações de resistência do Congresso em aprovar novas medidas que impulsionem a arrecadação, o que tem gerado pressão pela revisão de gastos.


No cenário externo, o mercado dos Estados Unidos está fechado por conta de feriado, o que deve diminuir globalmente o volume de negociações.


Dados econômicos dos EUA na quarta-feira apontaram para uma moderação do mercado de trabalho e ampliaram o otimismo dos investidores por um corte na taxa de juros do Federal Reserve ainda neste ano, o que também ajudou na forte queda da divisa norte-americana no Brasil.


Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.


Na Europa, as atenções estarão voltadas nos próximos dias para eleições, com os britânicos indo às urnas nesta quinta-feira para, possivelmente, eleger um novo primeiro-ministro. Os franceses votam no domingo para formar o novo Parlamento.

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Pré-mercado: feriado nos EUA desacelera negócios

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quinta-feira, 4 de julho



Bom dia. Estamos na quinta-feira, 4 de julho.


Cenários


A comemoração do Dia da Independência nos Estados Unidos deverá reduzir o volume de negócios e a volatilidade dos mercados globais nesta quinta-feira. A tensão diminuin no cenário doméstico. A redução do tom das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à atuação do Banco Central (BC) e o fato de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter reiterado o compromisso com a solidez das contas animaram os investidores. Por isso o dólar fechou em queda de 1.7% na quarta-feira e fechou a R$ 5,56.


Perspectivas


Segundo os analistas da Levante Ideias de Investimentos, “o alinhamento de expectativas entre o chefe do Executivo e a equipe econômica poderá corrigir a trajetória errante para o câmbio observada nas últimas semanas”. E as declarações de Haddad também reduziram o desconforto dos investidores. O chefe da equipe econômica afirmou que Lula determinou que o novo arcabouço seja cumprido “a todo custo” nos próximos três anos e que, para 2025, estão previstos cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias.


Indicadores


- Brasil

Balança Comercial (Jun)

Esperado: US$ 5,08 bilhões

Anterior: US$ 8,53 bilhões


- Estados Unidos

Feriado


- Reino Unido

Eleições gerais

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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Ibovespa avança e fecha na máxima em seis semanas

O dólar cai ante o real e voltou a ser cotado abaixo dos R$ 5,60. A moeda encerrou o dia em baixa de 1,72%



O Ibovespa avançou nesta quarta-feira (03) em 0,70%, fechando em uma máxima em seis semanas, fortalecido particularmente pela alta de mais de 2% das ações da Vale (VALE3). Além de um cenário externo favorável a ativos de risco com declínio nos rendimentos dos títulos do Tesourou dos Estados Unidos.


A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a responsabilidade fiscal é um compromisso do governo, em discurso no qual não citou o Banco Central, ajudou no alívio do dólar. Também auxiliou na curva de juros, reverberando na bolsa, em sessão ainda marcada por expectativa sobre uma reunião dele com a equipe econômica.


O índice encerrou com um acréscimo de 0,70%, a 125.661,89 pontos, maior patamar de fechamento desde 21 de maio, tendo chegado a 126.580,98 pontos na máxima e marcado 124.786,64 pontos na mínima do dia.


O volume financeiro somava R$ 19,3 bilhões antes dos ajustes finais.


Em um dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não discursou contra o Banco Central e a atual política monetária, o dólar finalmente encontrou espaço para cair ante o real e voltar a ser cotado abaixo dos R$ 5,60, em meio à expectativa de que o governo atue de fato para conter a crise de confiança que elevou as cotações nas últimas semanas.


O dólar à vista encerrou a quarta-feira (03) cotado a R$ 5,5683 na venda, em baixa de 1,71%. Na véspera, a moeda havia terminado em R$ 5,6665, no maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.


Às 17h02, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 2,05%, a R$ 5,5800 na venda.

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