sexta-feira, 31 de maio de 2024

Ibovespa recua com liquidez reduzida e ajuste pós-feriado

O dólar subiu 0,79%, encerrando a R$ 5,24, maior valor desde abril



O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira (31), em dia de liquidez reduzida no retorno de feriado no Brasil e em meio a um fechamento misto nos Estados Unidos, após a divulgação de dados da inflação norte-americana dentro do esperado pelo mercado.


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,50%, a 122.098,67 pontos, acumulando na semana declínio de 1,59% e recuo de 2,86% no mês. O volume financeiro somava 19,1 bilhões de reais antes dos ajustes finais.


O dólar à vista encerrou o dia cotado  a R$5,2410 reais na venda, em alta de 0,79%. Este é o maior valor de fechamento desde 16 de abril, quando a moeda foi cotada a 5,2686 reais. Na semana, a divisa dos EUA acumulou elevação de 1,60%. Em maio, o avanço acumulado foi de 1,12%.


Como na quinta-feira o mercado brasileiro permaneceu fechado em função do feriado de Corpus Christi, nesta sexta-feira as cotações já abriram se ajustando às notícias da véspera nos EUA — em especial, à revisão para baixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no primeiro trimestre.


Este dado alimentou as expectativas de que o Federal Reserve poderá cortar juros ainda em 2024.


Os números divulgados logo depois também reforçaram a visão de que o Fed terá espaço para cortar juros. Bastante observado pelo banco central dos EUA, o índice de inflação PCE subiu 0,3% em abril, igualando o dado de março. Na base anual, o indicador avançou 2,7%, mesmo percentual de março. Os resultados tanto para o mês quanto para o ano vieram em linha com as projeções de economistas consultados pela Reuters.


Já o núcleo do PCE teve alta de 0,2% em abril, abaixo do 0,3% esperado pelos economistas.


Os números do PCE fizeram o dólar ampliar perdas ante diversas divisas no exterior, mas no Brasil a disputa pela formação da Ptax passou a dar o tom dos negócios.


DESTAQUES


– PETROBRAS PN avançou 3,12%, apesar de queda nos preços do petróleo no mercado externo. A estatal informou que recebeu de acionistas minoritários pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para eleição de membros do conselho e presidência do colegiado, mas que entende que não há motivos para a convocação. Ainda assim, a companhia disse que irá submeter os pedidos à avaliação jurídica. No setor, PETRORECONCAVO subiu 4,17%. Na visão de Felipe Martins Passero, sócio da InvestSmartXP, a alta em ações ligadas ao petróleo se deve à expectativa em relação à reunião da Opep+, que deve manter os cortes de produção de petróleo.


– VALE ON teve variação negativa de 0,06%, com recuo nos futuros do minério de ferro, que encerraram a semana em baixa, com a demanda de curto prazo e os dados desanimadores das fábricas da China pesando sobre o sentimento. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão da tarde com queda de 1,7%, a 865 iuanes por tonelada. Na semana, o contrato recuou 4,7%.


– ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,02%, engatando nono pregão consecutivo de queda, enquanto BRADESCO PN perdeu 0,94%, quarta sessão de declínio. Na semana, ambos recuaram 2,6% e 2,3%, respectivamente. SANTANDER UNIT fechou com acréscimo de 0,14%.


– GPA ON despencou 7,72%, com analistas do Itaú BBA retomando cobertura do papel com recomendação neutra. O preço-alvo do banco para a ação do grupo no final de 2024 é de 3,7 reais. “Nosso modelo incorpora as melhorias operacionais e a nova estrutura de capital da empresa, mas não esperamos que o lucro líquido entre em território positivo em 2025”, afirmaram.


– MAGAZINE LUIZA ON fechou com alta de 2,57%. De pano de fundo, a empresa informou na quarta-feira que a gestora Alaska Investimentos passou a deter 5,14% do seu total de ações ordinárias. GRUPO CASAS BAHIA ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 0,28%.


– TOTVS ON encerrou com alta de 1,13%, em meio a comunicado, divulgado na quarta-feira pré-feriado, de redução de participação do fundo GIC Private Limited na Totvs para 5,77%.


– AZUL PN subiu 2,05%, após queda no último dia útil, em meio às notícias de que mantém conversas com a holding controladora da Gol para “explorar eventuais oportunidades”, após um acordo de codeshare entre as empresas que na visão de seu presidente-executivo, John Rodgerson, não deve enfrentar obstáculos antitruste. GOL PN perdeu 3,48%.


– RUMO ON teve decréscimo de 0,2%, depois de a empresa acertar venda de sua fatia de 50% em um terminal no porto de Santos (SP) para um consórcio formado pela Bunge e Zen-Noh Grain por 600 milhões de reais. Analistas do BofA classificaram o acordo como “levemente positivo”.


– AMERICANAS ON, que não pertence ao Ibovespa, afundou 11,54%. A varejista, que está em recuperação judicial após revelar um rombo contábil bilionário, disse na semana passada que esperava divulgar ainda neste mês indicadores financeiros gerenciais, não auditados, que refletem seu desempenho operacional em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

[Continuar lendo...]

Ibovespa abre estável após feriado e monitora dados de inflação dos EUA

O índice cede enquanto o dólar à vista sobe, refletindo a inflação americana e as incertezas globais



O Ibovespa retornava do feriado de Corpus Christi estável, com o mercado ainda digerindo os dados de inflação dos Estados Unidos. Às 10h30, o Ibovespa cedia 0,07%, a 122.497,13 pontos. O contrato futuro do índice com vencimento mais curto, em 12 de junho, recuava 0,42%. O dólar à vista subia 0,33%, a R$ 5,2250 na venda. Na B3, o dólar para julho, que nesta sexta-feira (31) passa a ser o mais líquido devido à formação da taxa Ptax, avançava 0,13%, a R$ 5,2110.


O índice de inflação dos EUA (PCE) subiu 0,3% em abril, conforme informou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, igualando o dado de março. Na base anual, o indicador avançou 2,7%, mesmo percentual de março. Os resultados, tanto para o mês quanto para o ano, vieram em linha com as projeções de economistas consultados pela Reuters. O índice PCE é uma das medidas de inflação monitoradas pelo banco central dos EUA para sua meta de 2%. Leituras mensais de 0,2% ao longo do tempo são necessárias para trazer a inflação de volta à meta.


O Fed tem mantido sua taxa básica de juros na faixa de 5,25% a 5,50% nos últimos 10 meses. Foi prejudicado por três meses de inflação e leituras do mercado de trabalho mais fortes do que o esperado de janeiro a março, após números mais encorajadores no quarto trimestre do ano passado.


Na China, a atividade industrial recuou de forma inesperada em maio, mantendo vivos os pedidos por novos estímulos estatais. A prolongada crise imobiliária na segunda maior economia do mundo continua pesando sobre a confiança das empresas, dos consumidores e dos investidores. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial do setor industrial caiu para 49,5 em maio, ante 50,4 em abril, informou o National Bureau of Statistics (NBS) nesta sexta-feira, abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração e abaixo da previsão dos analistas de 50,4.


Na zona do euro, a inflação acelerou em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, em um sinal de que o Banco Central Europeu (BCE) ainda enfrenta uma jornada lenta e incerta para controlar o nível dos preços. É improvável que o aumento maior do que o esperado na inflação impeça o BCE de reduzir os custos dos empréstimos na próxima semana, mas pode consolidar o cenário de uma pausa em julho e um ritmo mais lento de redução dos juros nos próximos meses.

[Continuar lendo...]

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Ibovespa fecha em queda com feriado minando apetite por risco

Em Wall Street, o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,61% no final do dia




O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (29), com as ações da Vale entre as maiores pressões de baixa na esteira do declínio do minério de ferro na China, enquanto o cenário externo referendou o tom cauteloso antes de feriado de Corpus Christi.

O Ibovespa caiu 0,87%, a 122.707,28 pontos, após tocar 123.780,47 pontos na máxima e 122.457,54 pontos no pior momento, mínima intradia do ano.

O volume financeiro somou R$ 19,1 bilhões, de uma média diária de R$ 23,86 bilhões no ano.

“Todo mundo quer passar o feriado tranquilo… sem carregar posição de bolsa” no feriado, afirmou o chefe da EQI Research, Luís Moran. “Ninguém quer ficar com esse risco na mão.”

A agenda de quinta-feira nos Estados Unidos reserva dados como os pedidos semanais de auxílio-desemprego e preliminar do desempenho do PIB no primeiro trimestre.

Mas é a pauta de sexta-feira que traz ansiedade, uma vez que está previsto o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Federal Reserve, que mantém o suspense sobre cortes de juros.

Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em baixa de 0,74%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,6137% no final o dia, de 4,542% na véspera.

No Brasil, a véspera do feriado teve uma agenda cheia de dados macroeconômicos, incluindo queda na taxa de desemprego para 7,5% no trimestre até abril e alta da dívida bruta a 76% do PIB em abril, com superávit do setor público abaixo do esperado.

A pauta ainda mostrou que o IGP-M acelerou a alta para 0,89% em maio, enquanto a confiança do setor de serviços recuou novamente em maio. O Ministério do Trabalho e Emprego ainda divulgou a abertura de 240.033 vagas formais de trabalho em abril.

O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta firme ante o real, superior a 1%, voltando a ficar acima de R$ 5,20, com as cotações refletindo o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior e dados fortes do mercado de trabalho brasileiro, que deram suporte à disparada das taxas futuras de juros.

Numa sessão que antecedeu o feriado de Corpus Christi no Brasil, parte dos investidores também buscou a proteção da moeda norte-americana, já que os mercados seguirão abertos no exterior na quinta-feira.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,2103 na venda, em alta de 1,10%. Este é o maior valor de fechamento desde 18 de abril, quando a divisa foi cotada a R$ 5,2508. Em maio, a moeda acumula elevação de 0,34%.

Às 17h10, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,97%, a R$ 5,2100  na venda.


DESTAQUES

– VALE ON (VALE3)  recuou 1,02%, com os futuros do minério de ferro recuando pela terceira sessão consecutiva na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 1,11%, a 891 iuanes a tonelada, depois de cair mais de 2% na terça-feira.

– PETROBRAS PN (PETR3 / PETR4) caiu 0,13%, após duas altas seguidas, mesmo com o sinal positivo dos preços do petróleo no mercado externo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista ao jornal francês Le Monde, publicada nesta quarta-feira, que não há mudança radical ou motivo de preocupação com a Petrobras e a empresa deve executar seu plano de investimento. Analistas do JPMorgan cortaram o preço-alvo das ações de R$ 43,50 para 41 para incorporar os resultados do primeiro trimestre, reiterando recomendação “neutra”.

– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) fechou em baixa de 0,7% e BRADESCO PN (BBDC4) perdeu 1,01%, contaminados pelo clima mais cauteloso no mercado antes do feriado na quinta-feira, quando Wall Street funcionará normalmente.

– LWSA ON (LWSA3) subiu 3,39%, em dia de ajustes, com a perda acumulada no mês até a véspera ultrapassando 10%.

– LOJAS RENNER ON (LREN3) terminou com acréscimo de 1,21% após a Câmara dos Deputados aprovar taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. O Goldman Sachs também reiterou recomendação de “compra” para as ações, com preço-alvo de R$ 20.

– YDUQS ON (YDUQ3) recuou 3,75%, após anunciar na véspera a aquisição, por meio da subsidiária Estácio, do Instituto Cultural Newton Paiva por R$ 49 milhões. Analistas do Citi também cortaram a recomendação para as ações para “neutra” e reduziram o preço-alvo dos papéis de R$ 20 para 14.

– AZUL PN (AZUL4) caiu 3,63%, após divulgar que está mantendo conversas independentes com a Abra, holding controladora da Gol, para “explorar eventuais oportunidades”, embora não haja ainda nenhum negócio firmado entre as empresas, além do acordo de codeshare. GOL PN (GOLL4) perdeu 10,16%.

– COSAN ON (CSAN3) encerrou com decréscimo de 0,29%, em meio à repercussão do resultado do primeiro trimestre divulgado na noite da véspera, que mostrou prejuízo líquido de R$ 192 milhões, ante perda de R$ 904 milhões um ano antes.

– LIGHT ON (LIGT3), que não faz parte do Ibovespa, valorizou-se 5,31% após assembleia de credores aprovar nesta quarta-feira o plano de recuperação judicial da companhia elétrica, conforme duas fontes afirmaram à Reuters. A empresa busca reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões.

– GRUPO MATEUS, que não está no Ibovespa, avançou 4,53% em meio à assinatura de memorando de entendimento não vinculante para negociar a aquisição do controle da rival Novo Atacarejo, que tem operações em Pernambuco e na Paraíba.
[Continuar lendo...]

Ibovespa abre com viés de baixa antes de feriado

Índice cai influenciado por noticiário macroeconômico local e cenário externo desfavorável ao risco



O Ibovespa abriu em queda nesta quarta-feira (29), véspera de feriado, influenciado por um noticiário local intenso tanto na esfera macroeconômica quanto no campo corporativo, além de um cenário externo desfavorável ao risco.


Às 10h30, o Ibovespa recuava 0,89%, aos 122.675,32 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento em 12 de junho caía 0,51%. O dólar à vista subia 0,76%, sendo negociado a R$ 5,19s. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,39%, a R$ 5,180.


Os investidores globais estão atentos à divulgação de uma série de dados de inflação das principais economias, destacando-se o índice PCE dos EUA — a medida preferida de preços do Federal Reserve — e a leitura de inflação da zona do euro, ambos previstos para sexta-feira.


Esses dados podem indicar a perspectiva para o início de um ciclo de afrouxamento monetário no Federal Reserve e no Banco Central Europeu. A manutenção das taxas de juros nos EUA tem favorecido a valorização do dólar, tornando-o mais atraente para investidores globais.


Nas últimas semanas, autoridades do banco central norte-americano têm enfatizado a necessidade de avaliar mais dados antes de confiar que a inflação está a caminho da meta de 2%, sem indicar um cronograma claro para o início dos cortes de juros.


O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou em entrevista à CNBC na terça-feira que o banco central deve esperar por um progresso significativo na inflação antes de reduzir os juros, sugerindo a possibilidade de elevação da taxa básica caso os preços não desacelerem ainda mais.


No início do ano, os operadores esperavam cortes em março, mas a persistência da inflação e o tom cauteloso das autoridades reduziram as expectativas para um corte de 25 pontos-base apenas em novembro ou dezembro, conforme a ferramenta FedWatch da CME.


O mercado brasileiro também avalia dados recentes do mercado de trabalho e resultados fiscais.


O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,5% nos três meses encerrados em abril, resultado abaixo do esperado e o menor nível de desocupação para esse período em 10 anos, indicando um mercado de trabalho aquecido.


Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira mostram um recuo de 0,1 ponto percentual em relação à taxa de 7,6% do trimestre anterior, encerrado em janeiro. No mesmo período do ano passado, a taxa foi de 8,5%.

[Continuar lendo...]

Pré-mercado: à espera do feriado e da inflação americana

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quarta-feira, 29 de maio



Bom dia. Estamos na quarta-feira, 29 de maio.


Cenários


A expectativa é intensa no último pregão anterior ao feriado de Corpus Christi. Para além da suspensão das atividades, os investidores estão no aguardo da inflação americana, que deverá ser divulgada na sexta-feira (31).


A expectativa dos investidores é de uma desaceleração da inflação medida pelo Personal Consumption Expenditure (PCE), conhecido como “inflação do FED”, por ser o preferido do Federal Reserve, o banco central americano.


Perspectivas


Os investidores estão no aguardo de sinais concretos de desaceleração da inflação americana que possam permitir uma queda dos juros. Após a divulgação das Minutas da reunião mais recente do Federal Open Market Committee (Fomc), o Copom americano, a expectativa de um corte de juros diminuiu de maneira significativa. No entanto, a eventual divulgação de um índice em queda pode recolocar essa possibilidade no cenário.


Indicadores


Brasil


IGP-M (Mai)

Esperado: 0,84%

Anterior: 0,31%


IGP-M (12m)

Esperado: ND

Anterior: -3,04%


Desemprego (Abr)

Esperado: 7,7%

Anterior: 7,9%


Dívida Bruta / PIB (Abr)

Esperado: ND

Anterior: 75,7%


Estados Unidos


Sem indicadores relevantes

[Continuar lendo...]

terça-feira, 28 de maio de 2024

Ibovespa fecha em queda com Vale e Treasuries; Petrobras sobe

Dólar encerra sessão em baixa e é negociado a R$ 5,15



O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (28), pressionado pelo declínio da ações da Vale (VALE3) e a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Enquanto isso, a Petrobras (PETR3/PETR4) foi destaque positivo com o avanço do petróleo e com as declarações da nova CEO da estatal, que sugeriu a permanência da estratégia aplicada nos anos anteriores.


O Ibovespa recuou 0,58%, a 123.779,54 pontos, após bater 123.537,03 pontos na mínima e 125.392,39 pontos na máxima, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava R$ 19,3 bilhões antes dos ajustes finais.


O dólar à vista fechou a sessão desta terça-feira (28) em queda ante o real. O movimento acompanhou o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities no exterior.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1539 na venda, em baixa de 0,35%. Em maio, a divisa acumula queda de 0,75%.


Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,35%, a R$ 5,1570 na venda.

[Continuar lendo...]

Ibovespa avança na abertura após IPCA-15 e com Petrobras no radar

O índice sobe, impulsionado por dados de inflação abaixo do esperado e pela alta do petróleo



O Ibovespa abriu com viés positivo nesta terça-feira (28), em linha com uma melhora no apetite por risco em mercados emergentes, enquanto investidores aguardam a divulgação de importantes dados de inflação das principais economias do mundo ao longo da semana.


O índice também reagiu ao IPCA-15, que acelerou um pouco menos do que o esperado por economistas em maio. A Petrobras contribuiu para o viés positivo, impulsionada pela alta do petróleo e por declarações da nova CEO da estatal.


Às 10h30, o Ibovespa subia 0,68%, a 125.336,67 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, registrava elevação de 0,74%. O dólar à vista caía 0,64%, a R$ 5,1388  na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,58%, a R$ 5,144 na venda.


Os investidores estão atentos aos dados de inflação que serão divulgados ao longo da semana e que podem sinalizar as perspectivas para as taxas de juros nas principais economias do mundo nos próximos meses. O foco está no índice PCE dos Estados Unidos e nos índices de preços ao consumidor das principais economias da zona do euro, pois esses resultados podem afetar as expectativas sobre quando os bancos centrais começarão a cortar os juros.


Os dados dos países da zona do euro começam a ser divulgados na quarta-feira, e o PCE — a medida de inflação preferida do Federal Reserve — será divulgado na sexta-feira.


Mais cedo, o Banco Central Europeu informou que os consumidores da zona do euro reduziram suas expectativas de inflação no mês passado. As expectativas de inflação para os próximos 12 meses diminuíram de 3,0% para 2,9%, atingindo seu nível mais baixo desde setembro de 2021. As expectativas para a inflação daqui a três anos caíram de 2,5% para 2,4%, ainda acima da meta de 2% do BCE.


Espera-se um corte de juros pelo BCE na reunião do próximo mês, com os mercados apostando em apenas mais uma redução até dezembro. Os operadores também estão precificando um corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed este ano, provavelmente em setembro ou novembro, com uma pequena chance de uma segunda redução.


No cenário doméstico, os investidores analisavam a divulgação de dados importantes sobre a economia brasileira, como o resultado primário mensal do governo central e o IPCA-15. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,44% em maio, abaixo da expectativa de alta de 0,48%. O governo central registrou superávit primário de 11,082 bilhões de reais em abril, abaixo do saldo positivo de 13,35 bilhões de reais projetado por analistas.


No cenário corporativo, a nova presidente-executiva da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a política de preços de combustíveis da estatal seguirá “abrasileirada” em sua gestão, em linha com os procedimentos implantados na administração anterior ao longo de 2023. Em sua primeira entrevista a jornalistas, Chambriard disse que não é justo “contaminar” os preços da companhia com as volatilidades do petróleo no mercado internacional.

[Continuar lendo...]

Pré-mercado: foco na prévia da inflação

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta terça-feira, 28 de maio



Bom dia. Estamos na terça-feira, 28 de maio.


Cenários


O mais importante da terça-feira é a prévia da inflação de maio. O IBGE deverá divulgar o IPCA-15, e a mediana das expectativas do mercado é de uma aceleração para 0,49% ante os 0,21%. No entanto, no acumulado em 12 meses, a projeção é de estabilidade, com a inflação permanecendo ao redor de 3,75%.


Perspectivas


A desaconragem das expectativas do mercado vem pressionando as projeções para a inflação. O relatório Focus, divulgado todas as segundas-feiras pelo Banco Central (BC), tem mostrado uma elevação das estimativas para 2024 e para 2025. E a edição mais recente, da segunda-feira (27), mostrou também uma elevação das estimativas para 2026. Isso indica que o mercado pode estar esperando novas sinalizações por parte do Banco Central (BC), antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para junho.


Indicadores


Brasil


- IPCA-15 (Mai)


Esperado: 0,49%

Anterior: 0,21%


- IPCA-15 (12m)


Esperado: 3,75%

Anterior: 3,79%


- Caged (Abr)


Esperado: 213 mil vagas

Anterior: 244 mil vagas


- Estados Unidos

Confiança do consumidor CB (Mai),

Esperado: 96,0

Anterior: 97,0

[Continuar lendo...]

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Ibovespa fecha em alta e com volume baixo devido ao feriado nos EUA

Em meio aos feriados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, a B3 tem liquidez reduzida e o dólar fecha estável



O Ibovespa fechou com um acréscimo tímido nesta segunda-feira (27), marcada por volume reduzido em razão de feriado nos Estados Unidos, com a Petrobras (PETR4/ PETR3) oferecendo um suporte positivo relevante ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior.


O Ibovespa subiu 0,15%, a 124.495,68 pontos, após marcar 124.081,39 pontos na mínima e 124.534,59 pontos na máxima do dia, segundo dados preliminares.


O volume financeiro somava R$ 9,2 bilhões antes dos ajustes finais.


Nos Estados Unidos, as bolsas não funcionaram em razão do feriado de Memorial Day.


Em uma sessão de liquidez reduzida no Brasil, o dólar à vista fechou perto da estabilidade ante o real, após oscilar em margens bastante estreitas na ausência de notícias de impacto para conduzir os preços.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1719 na venda, em leve alta de 0,07%. Em maio, a divisa acumula baixa de 0,40%.


Às 17h10, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,04%, a R$ 5,172 na venda.


A semana no Brasil, por sua vez, começou com nova piora nas projeções para a inflação. Pesquisa Focus mostrou que a estimativa para o IPCA em 2024 é agora de 3,86%, ante previsão de 3,80% há uma semana. Para 2025, passou de 3,74% para 3,75%.


As estimativas para a Selic, a taxa básica de juros, porém, foram mantidas tanto para o final deste ano, quanto para o ano que vem, em 10,00% e 9,00%, respectivamente.


Na terça-feira, o IBGE divulga o IPCA-15 de maio, que segundo economistas do Bradesco deve apresentar alta de 0,49%, em resultado pressionado por preços administrados e de alimentos, mas com composição benigna.


Também estão previstos na agenda local na próxima sessão dados do mercado de trabalho (Caged), preços ao produtor, confiança da indústria e resultado primário do governo central.


De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, com o mercado norte-americano fechado e nova piora na perspectiva de inflação no Brasil, tendo a divulgação do IPCA-15 na terça-feira, prevaleceu a cautela.


“Tal cenário não anima nem o comprador nem o vendedor. Mercado fica sem tendência e sem liquidez”, afirmou.


DESTAQUES


– PETROBRAS PN (PETR4 / PETR3) avançou 1,09%, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 1,2%. PETROBRAS ON subiu 1,02%.


– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) recuou 0,35%, enquanto BRADESCO PN (BBDC4) encerrou com decréscimo de 0,31%, tendo como pano de fundo dados do Banco Central mostrando que as concessões de empréstimos no Brasil recuaram 1,6% em abril ante março. BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) ganhou 1,22%.


– VALE ON (VALE3) subiu 0,34%, apesar da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com queda de 1,1%, a 899 iuanes (US$ 124,10) a tonelada.


– RAÍZEN PN (RAIZ4) fechou em alta de 2,47%, experimentando nova trégua após tocar uma mínima de fechamento desde abril na última quarta-feira, a R$ 2,81, completando cinco pregões de baixa. Na sexta-feira, a Raízen inaugurou sua segunda planta de produção de etanol de segunda geração.


– GPA ON (PCAR3) avançou 2,65%, também completando três pregões sem fechar em queda, enquanto, no setor, CARREFOUR BRASIL ON (CRFB3) subiu 0,78% e ASSAÍ ON (ASAI3) registrou uma variação negativa de 0,31%.


– YDUQS ON (YDUQ3) perdeu 3,96%, no terceiro dia de queda, após disparar na esteira de previsões do grupo de educação divulgadas na terça-feira da semana passada.


– AZUL PN (AZUL4) caiu 2,32%, tendo de pano de fundo anúncio de um plano de cinco anos pela Gol para sair da recuperação judicial nos EUA e melhorar os resultados, embora isso deva pressionar as margens em 2024 antes de uma recuperação esperada a partir de 2025. GOL PN (GOLL4), que não faz parte do Ibovespa, recuou 3,55%.

[Continuar lendo...]

Bolsa brasileira tem o pior desempenho do mundo em 2024



Na semana em que atingiu um dos patamares mais baixos no trimestre, de 124 mil pontos, o Ibovespa (Índice de ações da Bolsa de Valores brasileira) desponta como titular do pior desempenho entre os mercados globais no acumulado do ano. A queda do indicador foi de 6,87%, segundo dados da Elos Ayta Consultoria apurados até as 12h do pregão desta sexta-feira (24).


O levantamento, a pedido da Gazeta do Povo, comparou 41 índices das principais bolsas de pouco mais de 30 países. O indicador brasileiro ficou abaixo dos registrados em países como a Tailândia, onde o Índice da Bolsa local (SET) caiu 3,63%, e México, onde o S&P/BMV IPC fechou em queda de 3,15%. Não é a primeira vez que o Ibovespa ostenta a posição de "lanterna" do grupo. No primeiro trimestre, a queda do índice havia sido 4,53%.


Os números jogam por terra as projeções otimistas que estimavam índices recordes para a bolsa brasileira em 2024. Larissa Quaresma, analista de Equity Research na Empiricus, explica que a expectativa de melhora estava atrelada à redução de juros nos Estados Unidos, que tornaria os papéis americanos menos atrativos e redirecionaria o fluxo de investidores internacionais a mercados emergentes, como o Brasil. Perto de 55% do volume negociado diariamente na B3 (Bolsa de Valores brasileira) é proveniente de investidores estrangeiros.


Cenário fiscal determina desempenho


A frustração pela ausência dos cortes, no entanto, não é privilégio nosso. Afeta o mundo inteiro e não impediu o bom desempenho de países emergentes como a Índia, onde o BSE Sensex (índice da Bolsa de Valores de Bombaim) subiu 4,39% e o Nifty 50 (índice da Bolsa de Valores Nacional), 5,64%. Em Israel, apesar da guerra, o TA 35 (índice da Bolsa de Valores de Tel Aviv) teve alta de 5,8%. Indicadores da bolsa em 13 países, mais o europeu Euro Stoxx 500 (indicador de empresas da Zona do Euro), tiveram alta acima de 10% em 2024. O líder do ranking foi o BIST100 (índice da Bolsa de Valores de Istambul), da Turquia, com valorização de 42,92% no ano.


Para Quaresma, a Bolsa brasileira tem refletido as incertezas no âmbito doméstico, especialmente o desequilíbrio fiscal. O ano começou cum uma expectativa de entrega de déficit zero pelo governo e projeção de inflação de um dígito. Mas a alteração da meta para 2025, anunciada em abril pela equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gerou uma deterioração das expectativas, o que vai limitar os cortes de juros pelo Banco Central (BC). "Boa parte dos fundamentos macroeconômicos e institucionais que permitiam prever uma melhora fiscal não existem mais", avalia.


Segundo ela, embora o mercado já projetasse déficit maior, em torno o de 0,8%, a validação formal da mudança da meta fez o mercado reprecificar o risco. "O que passa aos agentes financeiros é a mensagem de um governo que consistentemente não cumpre a meta, gastando mais do que arrecada", diz.


Ruídos na política traz volatilidade


Paralelamente, os ruídos internos da política brasileira contribuem para a piora. Nesta semana, foi a vez do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aumentar a temperatura do mercado com uma declaração pondo em dúvida o cumprimento da meta de inflação. Na quarta-feira (22), em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara, o ministro disse que meta atual, de 3%, é “exigentíssima” e “inimaginável”.


"Os núcleos estão rodando abaixo da meta, que é exigentíssima", disse, referindo-se às medidas de inflação que excluem itens com preços mais voláteis. "Uma meta, para um país com as condições do Brasil, de 3% de inflação é um negócio inimaginável. Desde que o regime de metas foi instituído, quantas vezes o Brasil teve 3% de inflação? Quantos anos isso aconteceu nos 25 anos do regime de metas?", questionou. A meta de 3% foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2021, já que o tema é decidido com três anos de antecedência. No ano passado, o CMN, do qual Haddad faz parte, também optou por unanimidade pela manutenção da meta de 3% em 2026.


"O ministro da Fazenda não deveria qualificar uma meta de inflação", diz Enrico Cozzolino sócio e head de análise da Levante Investimentos. "Acho que talvez essa postura é para cargos técnicos. São ruídos políticos, falas desencontradas que depois tem que desmentidas ou explicadas para acalmar o mercado".


Para Cozzolino, o comportamento da Bolsa na última semana mostra o quanto ela é impactada por ruídos causados pelo governo. "A gente já viu no trimestre passado e nesse ano todo um embate sobre pontos da reforma tributária, impostos sobre milionários e outros exemplos de retórica populista que só fizeram a bolsa cair e o dólar disparar", diz.


Intervencionismo afugenta investidores


A atitude mais intervencionista por parte do governo atual também é fator de atenção dos investidores, embora com menor intensidade. "Há uma mudança no aspecto institucional que não agrada o mercado", diz. Além das reiteradas tentativas de interferência do governo na sucessão da Vale e o aumento da representatividade na Eletrobras, a recente troca da presidente da Petrobras contribuiu para mudar o olhar do investidor externo sobre o país.


"A gente vê investidores internacionais falando na imprensa, meio comparando o Brasil ao 'capitalismo de Estado' da China. Eu coloco muito entre aspas, porque é diferente da China. Mas essa narrativa meio que pegou, mudou a percepção sobre o país", acredita Quaresma.


Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, após a troca de Jean Paul Prates por Magda Chambriard, em decisão do presidente Lula (PT), a Petrobras saiu de um retorno no ano de 17,7%, para 10,58% e perdeu cerca de R$ 35 bilhões em valor de mercado, hoje em R$ 512 bilhões. Petrobras e Vale representam, juntas, cerca de 30% do Ibovespa, quase 15% cada.


Apesar dos números dramáticos, os analistas ressaltam que a volatilidade faz parte do mercado de ações e cenários de baixa são oportunidades de entrada. "A Bolsa brasileira está muito barata e há vários segmentos que podem ser favorecidos. A única coisa que o investidor controla é o preço de entrada nos ativos", diz. Por isso, é um bom negócio para quem tem paciência e pode esperar.


Segundo a analista, o cenário externo vai acabar favorecendo o país. "A hora que o Fed [banco central americano] sinalizar um corte de juros, o mercado vai reagir", prevê. Com relação ao fator doméstico, a maior parte do risco fiscal já está precificado. "O que precisa mesmo é ter uma redução de ruído. Vimos isso no final do ano passado, quando teve pouca notícia negativa e o Ibovespa subiu 18% entre novembro e dezembro", lembra. " Não acho que o Brasil vai virar os Estados Unidos, não acho que vai virar um país excelente, mas eu acho que só de ter uma diminuição do ruído já vai ajudar muito".


Rentabilidade de bolsas de valores em 2024


Rentabilidade acumulada no ano, em %, até 12h (horário de Brasília) de 24 de maio


Fonte: Elos Ayta Consultoria, em parceria com a plataforma Investing.com


[Continuar lendo...]

Ibovespa opera sem direção clara com atenção aos dados de inflação

Feriados em NY e Londres reduzem a liquidez



O Ibovespa abriu sem uma direção clara nesta segunda-feira (27), em uma semana que terá a divulgação de importantes dados de inflação no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.


Às 10h25, o Ibovespa registrava uma variação positiva de 0,07%, a 124.466,82 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, subia 0,32%. O dólar à vista caía 0,13%, a R$ 5,1638 na venda.


“Em semana marcada pela divulgação de dados de inflação nos EUA e na Europa, além dos PMIs chineses, a segunda-feira é marcada pela liquidez reduzida devido a feriados em NY e Londres, que afastam os investidores da tomada de risco”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, em nota.


Nesta semana, os investidores aguardam a divulgação de uma série de dados de inflação no Brasil e no exterior, à procura de sinais sobre o futuro da política monetária de bancos centrais ao redor do mundo nos próximos meses. Na terça-feira, o IBGE publicará os dados de maio do IPCA-15. Enquanto isso, na sexta-feira, serão publicados números de preços ao consumidor da zona do euro e também o índice de preços de despesas para consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.


Essa bateria de dados deve receber grande atenção dos mercados globais, que esperam pelo início dos ciclos de afrouxamento monetário do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve. A expectativa é de que o BCE comece a cortar os juros já em junho, bem antes do Fed, com as apostas de mercado atuais precificando afrouxamento na política monetária dos EUA só no final do ano.


Ainda no cenário doméstico, o mercado se voltará mais tarde para falas de autoridades do Banco Central. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, fala em palestra promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), em São Paulo, a partir das 12h. Mais tarde, às 18h, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participa do evento Market Talks 1ª Edição, promovido pela Liga de Mercado Financeiro da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).


Outro destaque desta segunda-feira foi a revisão da projeção para o IPCA feita por economistas consultados no relatório Focus. Os analistas agora veem o índice fechando o ano em 3,86%, em alta após a estimativa da semana anterior, de 3,80%. Já para o ano que vem, a projeção teve uma ligeira alta, para 3,75%, ante 3,74%, apontou o Focus. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

[Continuar lendo...]

Pré-mercado: liquidez será reduzida pelos feriados nos EUA e no Brasil

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta segunda-feira, 27 de maio



Bom dia. Estamos na segunda-feira, 27 de maio.


Cenários


A semana deverá ser de liquidez reduzida no mercado. Nesta segunda-feira (27) os pregões à vista nos Estados Unidos suspendem suas atividades devido ao feriado do Memorial Day, que homenageia os militares americanos mortos em combate. Na quinta-feira (30) será o feriado brasileiro de Corpus Christi que vai parar os negócios. Com isso, espera-se uma semana de pouca liquidez.


No entanto, haverá indicadores importantes a serem divulgados. Na terça-feira (28) saem o IPCA-15 de maio e o indicador americano da confiança do consumidor. Na quarta-feira saem o IGP-M de maio e o desemprego no Brasil.


Na quinta, no feriado brasileiro, será divulgada a variação do Produto Interno Bruto (PIB) americano. E na sexta-feira (31) sai a inflação americana medida pelo Personal Consumption Expenditure (PCE), conhecida como “inflação do FED”, referindo-se ao banco central americano.


Perspectivas


Todos esses indicadores deverão fornecer subsídios para que os investidores alinhem suas expectativas para as reuniões dos bancos centrais agendadas para junho. Nos dias 18 e 19 ocorrerá a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Uma semana antes acontece o encontro do Federal Open Market Committee (Fomc), o Copom americano. Em ambos esperam-se notícias não tão boas para os juros.


No caso brasileiro, o cenário mais provável é de outro corte de 0,25 ponto percentual, embora as advertências repetidas de desancoragem das expectativas de inflação possam justificar uma manutenção da Selic em 10,50%.


Indicadores


Brasil


- Relatório Focus


Estados Unidos


- Feriado

[Continuar lendo...]

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Ibovespa cai e acumula perda na semana com receios sobre juros nos EUA

Azul sobe 5,18% após acordo de codeshare com a Gol



O Ibovespa fechou em baixa nesta sexta-feira (24), ampliando o desempenho negativo da semana, em meio a receios de que o Federal Reserve (FED) possa postergar ainda mais o primeiro corte de juros. Enquanto isso, a Azul (AZUL4) foi destaque, com alta de 5,18% após um acordo de codeshare com a Gol.


De acordo com Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, o acordo de cooperação comercial vai expandir os trajetos pelo Brasil.


O índice caiu 0,34%, a 124.305,57 pontos, completando seis pregões seguidos de queda, de acordo com dados preliminares. Na semana, o Ibovespa acumulou perda de 2,87%. Na máxima do dia, chegou a 125.257,27 pontos. Na mínima, marcou 124.259,33 pontos.


O volume financeiro somava R$ 15,4 bilhões antes dos ajustes finais.


A busca por proteção na reta final desta sexta-feira (24), antes do feriado de segunda-feira nos Estados Unidos, fez o dólar à vista fechar o dia em leve alta ante o real. Tudo isso ocorreu em um movimento influenciado por comentários sobre a inflação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enquanto no exterior a divisa norte-americana cedia ante boa parte das demais moedas.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1682 na venda, em leve alta de 0,27%. Na semana, a divisa acumulou avanço de 1,28%.


Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,50%, a R$ 5,169.5 na venda.

[Continuar lendo...]

Ibovespa abre com viés positivo após cinco quedas seguidas

Índice sobe com Magda Chambriard na Petrobras e codeshare entre Azul e Gol



O Ibovespa apresentou viés positivo nos primeiros negócios desta sexta-feira (24), após cinco quedas consecutivas, sem dados econômicos relevantes na pauta e com o noticiário corporativo incluindo a eleição de Magda Chambriard como CEO da Petrobras e o anúncio de acordo de codeshare entre as aéreas Azul e Gol.


Às 10h25, o Ibovespa tinha acréscimo de 0,121, a  125.015,50 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, mostrava variação positiva de 0,07%. O dólar à vista caía 0,o6%, sendo vendido a R$ 5,15. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 0,06%, a R$ 5,1410.


O Brasil registrou um déficit em transações correntes pior do que o esperado em abril, com os investimentos diretos no país também aquém da expectativa. O déficit em transações correntes ficou em US$ 2,516 bilhões em abril, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo mês de 2023, o déficit foi de US$ 247 milhões.


A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas apontava para um saldo negativo de US$ 1,05 bilhão no mês. Em abril, os investimentos diretos no país alcançaram US$ 3,867 bilhões, bem abaixo dos US$ 4,873 bilhões projetados na pesquisa, mas um pouco melhor que os US$ 3,059 bilhões no mesmo período do ano passado.


No cenário corporativo, a Petrobras informou que seu conselho de administração aprovou Magda Chambriard como nova presidente-executiva e conselheira da companhia. Segundo fato relevante, Chambriard tomou posse em ambos os cargos nesta sexta-feira e passou a integrar o conselho imediatamente, sem a necessidade de convocação de Assembleia de Acionistas para esse fim.


Além disso, a Gol e a Azul anunciaram na noite de quinta-feira um acordo de codeshare que englobará mais de 150 destinos operados pelas duas companhias aéreas. As rotas envolvidas serão aquelas operadas por uma das companhias e não pela outra. De acordo com comunicado das empresas, as ofertas de rotas em codeshare estarão disponíveis para venda a partir do final de junho nos canais de ambas as companhias. As rotas que são operadas por ambas as empresas não fazem parte do acordo.


Nos Estados Unidos, as novas encomendas de bens de capital manufaturados se recuperaram mais do que o esperado em abril, e as remessas desses bens também aumentaram, sugerindo uma alta nos gastos das empresas com equipamentos no início do segundo trimestre.


Na Alemanha, a economia cresceu 0,2% nos primeiros três meses de 2024. “Depois que o PIB caiu no final de 2023, a economia alemã começou este ano com crescimento positivo”, disse Ruth Brand, presidente do escritório de estatísticas. Apesar da queda da inflação, o consumo das famílias não se recuperou no primeiro trimestre, recuando 0,4% em relação ao trimestre anterior.

[Continuar lendo...]

Gol e Azul anunciam acordo de codeshare para mais de 150 destinos domésticos

As ofertas de rotas em codeshare estarão disponíveis para venda a partir do final de junho nos canais de ambas as companhias



Gol e Azul anunciaram na noite de quinta-feira um acordo de codeshare que englobará mais de 150 destinos operados pelas duas companhias aéreas, informaram as empresas em comunicado, acrescentando que as rotas envolvidas serão aquelas operadas por uma das companhias e não pela outra.


De acordo com comunicado das duas empresas, as ofertas de rotas em codeshare estarão disponíveis para venda a partir do final de junho nos canais de ambas as companhias. As rotas que são operadas por ambas as empresas não fazem parte do acordo.


“A Gol e a Azul sempre estiveram comprometidas em expandir o mercado de aviação brasileiro. Este acordo de codeshare vai proporcionar aos clientes acesso a ainda mais opções para viajar pelo nosso país. A Gol já oferece mais de 60 acordos comerciais diferentes com muitas companhias aéreas parceiras globais e estamos ansiosos para expandir esse benefício dentro do Brasil também”, disse o presidente-executivo da Gol, Celso Ferrer, de acordo com o comunicado.

[Continuar lendo...]

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Ibovespa cai pelo 5º pregão seguido com incerteza sobre juros nos EUA

Em Wall Street, as ações terminaram em baixa, com o mercado atento à inflação americana




O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (23), ampliando a sequência de perdas, com a Vale (VALE3) entre as maiores pressões de baixa, influenciada pelo declínio dos futuros do minério de ferro. Os números da economia norte-americana mantiveram as dúvidas sobre a política monetária dos Estados Unidos, contribuindo para a incerteza do mercado.


O Ibovespa caiu 0,73%, a 124.729,40 pontos, após marcar 124.430,54 pontos na mínima e 125.664,57 pontos na máxima do pregão. O volume financeiro somava R$ 20 bilhões antes dos ajustes finais.


O dólar à vista fechou praticamente estável ante o real, após novos dados sobre a economia dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o espaço para o Federal Reserve cortar juros é reduzido.


O dólar à vista encerrou o dia negociado a R$ 5,1532 na venda, em leve baixa de 0,06%. Em maio, a divisa acumula baixa de 0,76%. Às 17h07, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,06%, a R$ 5,157 na venda.


Nos Estados Unidos, as ações terminaram em baixa, apesar da alta nos papéis da Nvidia. Os ganhos da fabricante de chips de Inteligência Artificial (IA) foram ofuscados por dados econômicos que mostraram que a inflação norte-americana ainda é uma preocupação que pode atrasar cortes nos juros do Fed.


De acordo com dados preliminares, o S&P 500 caiu 0,72%, para 5.268,57 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,39%, para 16.736,27 pontos. O Dow Jones caiu 1,52%, para 39.068,57 pontos.

[Continuar lendo...]

Ibovespa oscila, mesmo com alta da Nvidia impulsionando mercados globais

Bolsa brasileira abre em baixa, influenciada por incertezas locais





O Ibovespa hesitava nos primeiros negócios desta quinta-feira (23), apesar do clima favorável no exterior, com avanço dos futuros acionários norte-americanos embalados pelo noticiário envolvendo a Nvidia.


Às 10h30 o Ibovespa cedia 0,07%, a 125.539,61 pontos, mesmo após quatro quedas seguidas, período em que acumulou declínio de 2%. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, tinha elevaçao de 0,29%. Enquanto isso, o dólar à vista caía 0,36%, sendo vendido a 5,1372 reais. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,31%, a 5,1380 reais.


As ações da Nvidia subiam nesta quinta-feira depois que a fabricante de chips fez uma previsão otimista de receita para o segundo trimestre e anunciou um desdobramento de ações, surpreendendo os investidores e mostrando novamente seu domínio no mercado de chips relacionados à tecnologia de inteligência artificial.


As ações da empresa subiram 6,5% nas negociações pré-abertura de mercado, com os fabricantes de chips rivais AMD, Broadcom e Micron Technology aproveitando o movimento e registrando ganhos entre 2% e 3%.


Terceira empresa mais valiosa de Wall Street, a Nvidia acumula valorização de quase 92% este ano e deve registrar uma elevação de valor de mercado de 165 bilhões de dólares, de acordo com o preço atual das ações, de 1.016 dólares. Se o papel fechar acima de 1.000 dólares nesta quinta-feira, será a primeira vez que as ações da Nvidia encerrarão um pregão acima desse patamar.


No exterior, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, indicando uma força subjacente no mercado de trabalho que deve continuar a sustentar a economia. Os pedidos caíram em oito mil na semana encerrada em 18 de maio, para 215 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 220 mil pedidos na última semana.


A atividade empresarial da zona do euro expandiu no ritmo mais rápido em um ano neste mês, sustentada pela demanda por serviços, enquanto o setor industrial mostrou sinais de recuperação. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar do HCOB, compilado pela S&P Global, subiu para 52,3 neste mês, em comparação com 51,7 em abril, superando as expectativas de uma pesquisa da Reuters que previa um aumento mais modesto para 52,0.


No cenário corporativo, a Oncoclínicas aprovou na véspera um aumento de capital social da companhia de R$ 1,5 bilhão por meio de emissão privada de ações ao preço de R$ 13 cada. O conselho da XP Inc. aprovou um programa de recompra de ações ordinárias Classe A de até o equivalente a R$ 1 bilhão. Já a Petrobras comunicou ao mercado que na sexta-feira será apreciada a nomeação de Magda Chambriard como membro do colegiado e presidente da estatal.

[Continuar lendo...]

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Ibovespa recua 1,38% com incertezas sobre política monetária do Fed

A ata do Federal Reserve e projeções fiscais no Brasil mantêm investidores cautelosos e pesam no mercado





O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (22), com a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve mantendo as dúvidas sobre os próximos passos do banco central norte-americano. No Brasil, o governo alterou a estimativa de déficit fiscal em 2024.


O Ibovespa caiu 1,38%, a 125.650,03 pontos, na quarta sessão seguida no vermelho, após tocar 125.524,26 pontos na mínima e marcar 127.411,55 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$ 25,9 bilhões.


Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, a bolsa está sem catalisadores que atraiam o investidor. Isso, por conta da mudança no cenário para os juros nos Estados Unidos desde o começo do ano, mas também revisão para cima nas perspectivas para a Selic no Brasil e um quadro fiscal local complicado.


“Não tem o tal do gatilho que leve o investidor a considerar a bolsa como uma alternativa (de investimento)… Não tem nenhuma pressa pra ir pra bolsa nesse instante”, afirmou.


Além disso, o noticiário do dia continuou minando tal apetite. A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed (FED) mostrou que as autoridades ainda acreditavam que as pressões sobre os preços diminuirão, ainda que lentamente, mesmo reconhecendo a decepção com as recentes leituras de inflação.


Entretanto, embora a resposta da política monetária por enquanto “envolva a manutenção” da taxa de juros de referência do banco central norte-americano em seu nível atual, a ata também refletiu a discussão sobre possíveis novos aumentos, com vários participantes dispostos a apertar mais se necessário.


“A meu ver, o resumo de onde os participantes do Fomc se encontram no momento está na afirmação de que estão dispostos a manter o atual nível de aperto por mais tempo se não houver evidências de progresso na direção do atingimento da meta”, afirmou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.


Ele ressaltou, contudo, que os membros do Fomc igualmente consideram afrouxar a política monetária no caso de um enfraquecimento inesperado nas condições do mercado de trabalho, enquanto vários membros estão dispostos a aumentar novamente a taxa de juros se os riscos de a inflação voltar a subir forem grandes o suficiente.


“Em outras palavras, esticaram o argumento da política baseada em dados — data dependent — , deixando aberto ajustes para os dois lados novamente.”


Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,27%, com o mercado também no aguardo do resultado da Nvidia após o fechamento, em meio a expectativas elevadas para os dados. O rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,4276% no final do dia, de 4,414% na véspera.


No Brasil, os ministérios do Planejamento e da Fazenda projetaram nesta quarta-feira (22) que o governo central fechará 2024 com déficit primário de R$ 14,5 bilhões, equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda dentro da margem de tolerância estabelecida pelo arcabouço fiscal.


A estimativa apresentada no relatório bimestral de receitas e despesas para o resultado primário, porém, é pior do que a última projeção oficial do governo, feita em março, que apontava para um déficit de R$ 9,3 bilhões. Como proporção do PIB, não houve mudança.


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também esteve no radar ao participar de sessão da Comissão da Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, onde disse que não há “nada desancorando” em relação à inflação no país e que a queda dos índices de preços é “mais dramática” do que o BC reconhece.


Ele também afirmou que a “meta de inflação de 3% é ousada para histórico do Brasil”. “Se queremos perseguir esta meta, temos que abrir este debate”, acrescentou. A curva de DI reagiu à declaração do ministro, com as taxas fechando o dia com avanços consistentes, o que também pesou na bolsa.


O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta no Brasil, novamente entrando na faixa dos R$ 5,15, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, após a ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve reduzir as apostas de cortes de juros nos EUA.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1558 na venda, em alta de 0,77%. Em maio, no entanto, a divisa acumula baixa de 0,71%.


Às 17h22, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,55%, a R$ 5,1550 na venda.


DESTAQUES


– MINERVA ON (BEEF3) fechou em baixa de 8,65%, após a autoridade concorrencial uruguaia Coprodec rejeitar um pedido da Minerva para a compra de três unidades de abate da Marfrig no país. A Minerva disse que está avaliando os termos da decisão e que deve apresentar recurso “nos próximos dias”. MARFRIG ON (MRFG3) encerrou com variação negativa de 3,14%.


– LOJAS RENNER ON (LREN3) caiu 7,09%, em meio a preocupações com o efeito do clima nas vendas da varejista de vestuário, além do cenário macro. Analistas da XP cortaram na véspera a recomendação dos papéis, avaliando o segundo trimestre como um potencial gatilho para uma revisão negativa nas previsões de lucro da companhia.


– REDE D’OR ON (RDOR3) recuou 6,03%, em meio a notícias de que a gestora Carlyle vendeu sua participação na rede de saúde por meio de um “block trade” a R$ 29,44 por ação, em uma operação que movimentou mais de R$ 2 bilhões.


– VALE ON (VALE3) perdeu 0,79%, mesmo com o minério de ferro atingindo uma máxima em três meses na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,7%, a 921 iuanes (US$ 127,22) a tonelada, atingindo seu nível mais alto desde 19 de fevereiro, na quinta sessão consecutiva de alta.


– PETROBRAS PN (PETR3 / PETR4) subiu 1,36%, apesar da queda do petróleo no exterior. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira (22) que considera como cenário provável a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da estatal neste ano, em meio a explicações sobre o aumento das previsões pela equipe econômica para receitas com dividendos.


– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) recuou 1,55% e BRADESCO PN (BBDC4) perdeu 2,24%.


– GRUPO SOMA ON (SOMA3) e AREZZO ON (ARZZ3) subiram 1,34% cada, conforme continua avançando o processo de fusão das companhias, com a celebração entre as administrações das empresas na última sexta-feira do protocolo e justificação de incorporação da primeira pela segunda, o que ainda deve ser aprovado em assembleias gerais extraordinárias.


– SUZANO ON (SUZB3) cedeu 1,69%, após confirmar interesse nos ativos da International Paper, conforme reportagens da Reuters, mas negou haver por ora qualquer acordo envolvendo uma potencial transação. Desde que a Reuters publicou em 7 de maio que a Suzano contatou a IP para expressar interesse em uma aquisição, os papéis da Suzano acumularam até este pregão um declínio de quase 19%.


– XP INC (XP), que é negociada em Nova York, desabou 16,13%, após o grupo divulgar lucro líquido de 1,03 bilhão de reais no primeiro trimestre, alta de 29% ano a ano, mas queda de 1% na base trimestral. Analistas do JPMorgan consideraram a queda dos papéis injustificada e enxergaram o preço após o tombo como um ponto de entrada atrativo.

[Continuar lendo...]

Ibovespa recua com expectativas voltadas para ata do Fed

Mercado espera pistas sobre redução de juros nos EUA




O Ibovespa recuava nos primeiros negócios desta quarta-feira, com as expectativas do mercado voltadas para a publicação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve.


Às 10h25 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,51%, aos 126.761,59 pontos. O dólar à vista subia 0,58%, a R$ 5,1436 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,32%, a R$ 5,1435 na venda.


“O dia de negociação pode ser dominado pelo Federal Reserve, depois que dois oficiais — Susan Collins e Loretta Mester — reforçaram ontem à noite a mensagem de manutenção de juros elevados por mais tempo”, disse a Guide Investimentos em nota a clientes.


O Fed divulgará a ata de seu último encontro às 15h, e o mercado espera possíveis pistas sobre quando o banco central dos Estados Unidos começará a reduzir os juros.


De acordo com Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, os dados de preços ao consumidor britânico acima do esperado divulgados nesta quarta-feira também pesavam na disposição dos investidores em tomar riscos, já que alimentaram temores de uma inflação global persistente.


No Brasil, o mercado deve acompanhar as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em dois eventos ao longo do dia.


No cenário corporativo, os acionistas da varejista Americanas, que está em recuperação judicial, aprovaram na terça-feira um aumento de capital social no valor de até R$ 40 bilhões. O Superior Tribunal de Justiça negou à Petrobras um recurso contra a cobrança de cerca de R$ 987 milhões em impostos. A Suzano confirmou nesta quarta-feira ter interesse nos ativos da International Paper, mas negou haver, por ora, qualquer acordo envolvendo uma potencial transação. Além disso, a Cielo anunciou mudanças na diretoria.

[Continuar lendo...]

terça-feira, 21 de maio de 2024

Ibovespa tem queda discreta com cena corporativa em foco

Nos EUA, o diretor do Fed disse que precisará de mais tempo para defender uma flexibilização na política monetária



O Ibovespa fechou em leve baixa de 0,27% nesta terça-feira (21), com a cena corporativa ocupando o foco em meio a uma agenda vazia de dados macroeconômicos relevantes. Enquanto isso, agentes continuam cautelosos em tomar risco antes de sinais novos e mais claros sobre política monetária, principalmente nos Estados Unidos.


Lojas Renner (LREN3) figurou entre as maiores quedas, após a XP (XP) cortar a recomendação dos papéis, assim como Suzano (SUZB3), tendo como pano de fundo reportagem da Reuters de que considera aumentar oferta pela International Paper. Na contramão, Yduqs (YDUQ3) disparou após guidance.


O Ibovespa caiu 0,27%, a 127.411,55 pontos, após oscilar entre uma máxima de 128.271,87 pontos e uma mínima de 127.205,34 pontos na sessão. O volume financeiro no pregão somou R$ 19,7 bilhões.


De acordo com a sócia e especialista da Blue3 Investimentos Fernanda Bandeira, foi uma sessão com poucas notícias, tanto no cenário brasileiro como no exterior, com mercado mais “morno”.


No exterior, as commodities tiveram um desempenho misto, com os futuros do minério de ferro em alta. Entretanto, os preços do petróleo fecharam em queda, enquanto Wall Street encerrou com variações modestas, mas positivas, além dos rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos recuarem.


Em meio a expectativas sobre os próximos passos do banco central norte-americano, a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve (FED) deve concentrar as atenções na quarta-feira, principalmente após discursos mais cautelosos de autoridades do Fed.


Nesta terça-feira (21), o diretor do Fed Christopher Waller disse que os dados mais recentes de inflação são “tranquilizadores”. No entanto, ressaltou que precisa acompanhar os dados nos próximos meses antes de se sentir confortável para defender uma flexibilização na orientação da política monetária.


Após ensaiar uma queda ante o real pela manhã, o dólar à vista encerrou a terça-feira em leve alta, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante várias divisas no exterior após autoridades do Federal Reserve voltarem a demonstrar cautela sobre o início dos cortes de juros nos EUA.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1163 na venda, em leve alta de 0,23%. Em maio, porém, a divisa acumula baixa de 1,47%.


Às 17h14, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,23%, a R$ 5,1190 na venda.


DESTAQUES


– LOJAS RENNER ON (LREN3) caiu 3,95%, tendo de pano de fundo relatório da XP cortando a recomendação dos papéis para “neutra”, com preço-alvo de 18 reais, diante da avaliação de que o clima e o macro serão obstáculos para o crescimento e expansão de margem da companhia, com o segundo trimestre sendo um potencial gatilho para uma revisão negativa no lucro.


– SUZANO ON (SUZB3) recuou 3,72%, após a Reuters publicar no final da segunda-feira, citando fontes, que a companhia de celulose tem discutido com seus consultores a possibilidade de melhorar sua oferta de aquisição de US$ 15 bilhões pela International Paper, após a empresa europeia rejeitar a abordagem inicial da companhia brasileira.


– YDUQS ON (YDUQ3) saltou 10,22%, tendo no radar guidance para métricas como lucro líquido e fluxo de caixa operacional no período de 2024 a 2029, em sessão marcada por evento da empresa de educação com analistas.


– CEMIG PN (CMIG4) valorizou-se 2%, em dia positivo para elétricas, com o índice do setor avançando 0,59%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) reajuste tarifário anual da Cemig, com efeito médio para o consumidor de 7,32%. As novas tarifas da concessionária de energia entram em vigor a partir de 28 de maio.


– VALE ON (VALE3) fechou com decréscimo de 0,29%, apesar do avanço dos futuros do minério de ferro na China, diante da demanda resiliente e melhores perspectivas para o principal consumidor mundial do minério. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com alta de 1,7%, a 908 iuanes (US$ 125,47) a tonelada.


– PETROBRAS PN (PETR3 / PETR4) caiu 0,19%, em dia de queda do petróleo no exterior. O ministro de Minas e Energia minimizou nesta terça-feira (21) a visão de que o governo tomou medidas para intervir na estatal quando trocou o presidente-executivo. Ainda, afirmou que a CEO indicada, Magda Chambriard, “cumprirá” o plano de investimentos da Petrobras.


– SABESP ON (SBSP3) perdeu 1,07%, mesmo com mais um passo no processo de privatização, após um novo contrato de concessão — que deve entrar em vigor ao final do processo de capitalização da empresa — ser aprovado por municípios atendidos pela companhia paulista de saneamento em reunião do conselho deliberativo da Urae-1.


– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedeu 0,51%, enquanto BRADESCO PN (BBDC4) subiu 0,53%.

[Continuar lendo...]

Ibovespa abre em alta com destaque para ações da Yduqs

Investidores aguardam ata do Fed enquanto Yduqs sobe com previsão de lucro positivo



O Ibovespa teve um acréscimo nos primeiros negócios desta terça-feira (21), na ausência de uma tendência clara no exterior e de dados relevantes. As ações da Yduqs se destacaram positivamente após previsões sobre lucro. Os investidores seguem à espera da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada na quarta-feira.


O Ibovespa teve um acréscimo nos primeiros negócios desta terça-feira (21), na ausência de uma tendência clara no exterior e de dados relevantes. As ações da Yduqs se destacaram positivamente após previsões sobre lucro. Os investidores seguem à espera da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada na quarta-feira.


No cenário corporativo, o grupo de ensino superior Yduqs anunciou que estima obter neste ano um lucro líquido ajustado por ação de entre R$ 1,6 e R$ 1,9, segundo fato relevante ao mercado. A companhia também projetou que em 2025 o resultado líquido ajustado será de entre R$ 2 e R$ 3 por ação, enquanto a previsão para o ano seguinte é de entre R$ 2,5 e R$ 3,5 por papel.

[Continuar lendo...]

Pré-mercado: atenção às declarações dos diretores do FED

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta terça-feira, 21 de maio



Bom dia. Estamos na terça-feira, 21 de maio.


Em mais um dia de poucos indicadores econômicos, a atenção dos investidores se volta para os diversos discursos de diretores do Federal Reserve (FED), o banco central americano, agendados para esta terça-feira (21). Nada menos do que sete membros do sistema da Reserva Federal têm pronunciamentos agendados. Entre eles Michael Barr, vice-presidente da supervisão do FED. Apesar dessa quase multidão, a expectativa é de um discurso afinado: ainda é cedo para esperar uma queda consistente dos juros.


Na segunda-feira (20), em um evento realizado pelo FED de Atlanta, Barr descartou a hipótese. Segundo ele, as leituras de inflação foram “decepcionantes”, pois ainda estão longe de convergir para a meta de 2% ao ano. “Isso significa que precisaremos dar mais algum tempo para que nossa política restritiva continue a fazer seu trabalho”, disse ele em discurso durante evento organizado pelo Fed de Atlanta.


De acordo com Barr, o Fed tem cumprido o seu mandato de pleno emprego, com uma taxa de desemprego nos Estados Unidos abaixo de 4% por 27 meses seguidos, período mais longo em mais de cinco décadas, segundo o dirigente. No entanto, a meta de inflação a 2% ainda não foi “totalmente atingida”, disse, ainda que tenha caído de um pico de 7,1% para os atuais 2,7%.


Perspectivas


É bastante provável que todos os discursos agendados para esta terça-feira sejam no sentido de alertar o mercado de que não é possível esperar uma trajetória consistente de queda de juros. Apesar de as apostas estarem convergindo para dois cortes de juros de 0,25 ponto percentual neste ano, um em setembro e outro em dezembro, nada garante isso. E o reforço dessa perspectiva pode provocar solavancos no mercado.


Indicadores


Não há indicadores relevantes


[Continuar lendo...]

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Ibovespa fecha quase estável após semana agitada; Petrobras cai

Em Wall Street, o S&P 500 fechou com um ganho discreto, após um começo de semana otimista por apostas em cortes de juros em setembro



O Ibovespa fechou com uma pequena variação de 0,1% nesta sexta-feira (17), após uma semana agitada. A Petrobras (PETR3 / PETR4) ainda está penalizada pela troca no comando da estatal, enquanto Vale (VALE3) proporcionou um suporte relevante na esteira da alta do minério de ferro após anúncio de medidas para o setor imobiliário na China.


O Ibovespa cedeu 0,1%, a 128.150,71 pontos, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre ações, acumulando na semana uma variação positiva de 0,43%. O volume financeiro somou R$ 23,87 bilhões.


De acordo com o gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, a bolsa teve uma sessão “meio de lado” e sem notícias relevantes, com a Petrobras ainda pressionada sob perspectiva de o plano de investimento ser revisado, com desembolsos maiores e consequente queda no valor dos dividendos pagos aos acionistas.


O pregão brasileiro também teve como pano de fundo uma certa acomodação em Wall Street, onde o S&P 500 fechou com um ganho discreto, após um começo de semana mais otimista endossado por dados apoiando apostas de que o Federal Reserve deve começar a cortar os juros da maior economia do mundo em setembro.


O clima mais contido nesse pregão acompanhou declarações mais cautelosas de autoridades do banco central norte-americano desde a véspera, reconhecendo os dados mais benignos, mas ainda querendo mais evidências sobre o arrefecimento da inflação.


A diretora do Fed Michelle Bowman repetiu nesta sexta-feira sua opinião de que a inflação cairá ainda mais com a manutenção da taxa básica, mas disse que não observou nenhuma melhora este ano e continua disposta a aumentar os juros caso o progresso no controle dos índices de preços pare ou se reverta.


Do ponto de vista da análise técnica, a equipe do Itaú BBA afirmou que o Ibovespa segue travado no curtíssimo prazo entre 130.000 e 127.100 pontos.


“O momento é de esperar um rompimento para buscar algum sinal do próximo passo do mercado. Se conseguir ultrapassar os 130.000 pontos, poderemos ver o índice buscar as regiões de 131.700 e 134.400 – topo histórico”, afirmaram os analistas no relatório Diário do Grafista enviado a clientes.


Do lado da baixa, eles pontuaram que se, perder os 127.100 pontos, o Ibovespa deixará sinal de topo e poderá buscar novamente a mínima recente deixada em 123.300 pontos.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1031 na venda, em baixa de 0,54%. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,06%.


Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,62%, a R$ 5,1075  na venda.


DESTAQUES


– PETROBRAS PN (PETR3 / PETR4) fechou em baixa de 1,66%, ainda fragilizada pelos receios envolvendo a troca do comando da estatal, anunciada na terça-feira. Magda Chambriard, indicada pelo governo federal para ser a próxima presidente da estatal, recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a missão de acelerar investimentos no comando da companhia, para que a petroleira seja a principal indutora de emprego e renda no país, afirmaram nessa semana pessoas com conhecimento das conversas.


– VALE ON (VALE3) avançou 1,96%, endossada pela alta dos preços do minério de ferro na China, após o banco central chinês viabilizar o equivalente a US$ 138 bilhões em financiamento extra e flexibilizar regras de hipoteca. Além disso, governos locais na China se preparam para comprar “alguns” apartamentos. O futuro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,18%, a 891,5 iuanes (US$ 123,47) a tonelada.


– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) terminou com variação positiva de 0,03%, enquanto BRADESCO PN (BBDC4) fechou com acréscimo de 0,52%.


– GERDAU PN (GGBR4) caiu 2,54%, em dia de ajustes, após forte valorização nos últimos dois pregões. Analistas do Safra elevaram o preço-alvo dos papéis de 20 para R$ 22,10, citando melhor momento operacional, mas reiteraram recomendação “neutra”, citando preocupação que um posicionamento pesado e expectativas mais elevadas para resultados futuros possam limitar o “upside” e trazer risco de “downside”, se os resultados não corresponderem às expectativas do mercado.


– 3R PETROLEUM ON (RRRP3) saltou 7,14%, após o conselho de administração aprovar a incorporação da Enauta, formando uma companhia de petróleo com “alto” potencial de crescimento nos próximos anos. O colegiado da petrolífera também aprovou a incorporação da Maha Energy Holding, em medida que viabiliza que a 3R Offshore passe a ser totalmente detida pela 3R, o que era uma condição precedente para a incorporação da Enauta. ENAUTA ON, que não faz parte do Ibovespa, subiu 3,65%.

[Continuar lendo...]

Ibovespa abre estável com vencimento de opções e medidas da China no radar

O índice apresenta estabilidade, em um dia marcado por incertezas externas e intervenções no setor imobiliário chinês



O Ibovespa abriu estável nesta sexta-feira (17), marcada pelo vencimento de opções sobre ações e sem uma tendência definida no exterior, onde a China é destaque do noticiário após anunciar medidas “históricas” para estabilizar o setor imobiliário no país.


Às 10h30, o Ibovespa apresentava uma variação positiva de 0,02%, a 128.138,74 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, mostrava um acréscimo de 0,24%. O dólar tinha queda de 0,19%, negociado a R$ 5,12.


A China anunciou medidas “históricas” nesta sexta-feira para estabilizar seu setor imobiliário, que tem sido atingido pela crise. O banco central do país viabilizou 1 trilhão de iuanes (138 bilhões de dólares) em financiamento extra, flexibilizou as regras de hipoteca, e os governos locais se prepararam para comprar “alguns” apartamentos.


Os investidores esperam que essas medidas marquem o início de uma intervenção governamental mais decisiva para compensar a diminuição da demanda por apartamentos novos e antigos, desacelerar a queda dos preços e reduzir o estoque crescente de casas não vendidas.


Além disso, a produção industrial da China superou as previsões em abril, ajudada pela melhoria da demanda externa. No entanto, as vendas no varejo desaceleraram inesperadamente, e o setor imobiliário continuou a ser um entrave para a economia, pressionando Pequim a tomar mais medidas para sustentar o crescimento.


Um conjunto misto de dados nesta sexta-feira seguiu-se a outros indicadores de abril que mostraram uma recuperação irregular na segunda maior economia do mundo, com o comércio e os preços ao consumidor subindo, mas com o crescimento do crédito prejudicado pela fraca confiança do consumidor.


No cenário interno, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que não pode antecipar novos cortes na taxa de juros e destacou que é uma prerrogativa da autarquia mudar sua orientação futura.


No cenário corporativo, a 3R Petroleum informou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou a incorporação da Enauta, formando uma companhia de petróleo com “alto” potencial de crescimento nos próximos anos, segundo fato relevante divulgado ao mercado.


O colegiado da petroleira também aprovou a incorporação da Maha Energy Holding, medida que viabiliza que a 3R Offshore passe a ser totalmente detida pela 3R, o que era uma condição precedente para a incorporação da Enauta.

[Continuar lendo...]

Pré-mercado: estímulos imobiliários na China beneficiam Ibovespa

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta sexta-feira, 17 de março



Bom dia. Estamos na sexta-feira, 17 de março.


Cenários


Durante a madrugada desta sexta-feira (17), as autoridades chinesas anunciaram medidas de estímulo de US$ 42 bilhões (R$ 215 bilhões) para o setor imobiliário. O Banco do Povo da China, o banco central chinês, vai oferecer 300 bilhões de renminbis (R$ 215 bilhões) em empréstimos para que bancos regionais comprem imóveis já construídos, mas ainda não vendidos.


O dinheiro serviria para que construtoras estatais regionais tivessem recursos para seguir construindo os cerca de 20 milhões de imóveis já vendidos e inacabados. Os problemas na entrega de imóveis vendidos na planta é um dos principais problemas do setor imobiliário chinês.


Perspectivas


Além de seu tamanho, o setor imobiliário chinês é importante em termos relativos para a economia do país asiático. Com poucos instrumentos financeiros de poupança e previdência à disposição e vivendo em um sistema financeiro fechado, os investidores chineses servem-se dos imóveis como forma de acumulação de capital. Daí o tamanho desse mercado e sua importância econômica.


As medidas de apoio poderão destravar um novo ciclo de atividade imobiliária na China, beneficiando exportadores internacionais de commodities, como a Vale (VALE3), importante na Bolsa.


Indicadores

Sem indicadores relevantes

[Continuar lendo...]
 
Copyright © . Pedroza News: Notícias do Mercado - Posts · Comments