sexta-feira, 28 de junho de 2024

Ibovespa fecha em queda, enquanto dólar sobe é negociado a R$ 5,60

Índice foi pressionado pela queda das ações da Embraer; moeda americana atingiu o maior valor em dois anos



O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira (28), pressionado particularmente pelo declínio da Embraer, mas terminou a semana e o mês com desempenho acumulado positivo, reduzindo as perdas no ano. A alta da Vale (VALE3) atenuou a pressão negativa, em mais um dia de avanço do dólar ante o real e alta na curva de juros devido a preocupações fiscais, o que pesou principalmente em ações de empresas sensíveis à economia doméstica.


O Ibovespa cedeu 0,32%, a 123.906,55 pontos, acumulando alta de 2,13% na semana e de 1,49% no mês, mas ainda recuando 7,65% no ano, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 124.500,19 pontos. Na mínima, marcou 123.298,10 pontos.


O dólar voltou a disparar nesta sexta-feira, chegando a ser cotado a R$ 5,60 durante a sessão e encerrando no maior valor desde janeiro de 2022. Tudo isso, em mais um dia de tiroteio retórico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com as cotações sendo impulsionadas ainda pela disputa em torno da taxa Ptax de fim de mês e trimestre.


A moeda norte-americana à vista encerrou o dia cotada a R$ 5,5884 na venda, em alta de 1,46%. Este é o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando encerrou em R$ 5,6723. No mês, a divisa acumulou alta de 6,47% e, no trimestre, elevação de 11,47%.


Às 17h09, na B3 o contrato de dólar futuro de agosto — que passou a ser o mais líquido nesta sexta-feira (28) — subia 1,56%, aos R$ 5,6130.

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Ibovespa acompanha exterior e fecha pregão em baixa

O mercado acompanhou o mau humor do exterior, que não se empolgou com os dados americanos, e no cenário local, as falas dos presidentes da República e do BC ajudaram com o recuo



Nesta sexta-feira (28), o Ibovespa terminou sua sessão em queda de 0,32%, aos 123.905,55 pontos. O índice brasileiro interrompeu sua sequencia de alta na semana.

O mercado acompanhou o mau humor do exterior, que não se empolgou com os dados americanos, e no cenário local, as falas dos presidentes da República e do BC ajudaram com o recuo.

O presidente Lula mais uma vez voltou a reclamar da taxa de juros e volta a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto. De acordo com Lula, a atual taxa Selic, de 10,50% ao ano, é “irreal para uma inflação de 4%”. “Mas isso vai melhorar quando puder indicar o presidente do Banco Central”, disse o petista.

Por sua vez, Campos Neto falou sobre os pronunciamentos feitos pelo presidente Lula, e afirmou que isso impacta negativamente preços de mercado, e também confirmou que que não entrará em debate “político”.

O dólar hoje disparou e fechou em alta de %, cotado a R$ 5,. A moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 5, e mínima de R$ 5,. O grande fator para esse avanço é uma aversão ao risco local, com as críticas do presidente Lula ao presidente do Banco Central, e ao patamar atual de juros, de 10,5% ao ano.

Nos Estados Unidos, os índices em Wall Street terminaram o dia em baixa, com junho encerra com ganhos acumulados e trimestre e semestre terminam mistos. O recuo de hoje foi devido ao PCE, que mesmo vindo em linha com o mercado, segundo os analistas, eles ainda acham que o resultado não é suficientemente decisivo para que o Federal Reserve comece a baixar as taxas de juros.

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Pré-mercado: inflação americana e déficit brasileiro

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta sexta-feira, 28 de junho



Bom dia. Estamos na sexta-feira, 28 de junho.


Cenários


O último indicador relevante do semestre é o núcleo do Personal Consumption Expenditure (PCE) de maio, índice de inflação americana que é o mais importante para o Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos. A projeção é uma desaceleração em maio


Para além da inflação americana, os números fiscais brasileiros não foram bons. Em maio, o orçamento teve um déficit de R$ 138,256 bilhões, acima do déficit de R$ 69,638 bilhões de abril. O déficit foi muito maior do que a expectativa de R$ 118,9 bilhões. Já a dívida bruta subiu para 76,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em maio, ante os 76,0% de abril. A projeção era de um aumento para 76,4%.


Perspectivas


A inflação será um indicador fundamental para o mercado poder traçar uma trajetória esperada para os juros nos EUA. As expectativas de um possível corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro permanecem robustas, com uma probabilidade estimada de 57,9%, conforme indicado pelo CME Group.


Indicadores


- Brasil


Desemprego (Mai)

Esperado: 7,3%

Anterior: 7,5%


- Estados Unidos


Inflação PCE (Mai)

Esperado: 0,0%

Anterior: 0,3%


Inflação PCE (12M)

Esperado: 2,6%

Anterior: 2,7%


Núcleo da inflação PCE (Mai)

Esperado: 0,1%

Anterior: 0,2%


Núcleo da inflação PCE (12M)

Esperado: 2,6%

Anterior: 2,8%

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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Ibovespa avança e fecha na máxima em um mês com Suzano em destaque

O dólar cai ante o real, após ter atingido na véspera o maior valor em dois anos



O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (27), em desempenho capitaneado pela disparada da Suzano após a companhia desistir de comprar a International Paper, enquanto Sabesp figurou na ponta negativa com apenas a Equatorial Energia fazendo proposta para ser acionista de referência no processo de privatização.


O índice encerrou com avanço de 1,36%, a 124.307,83 pontos, maior patamar de fechamento desde 27 de maio, após ter marcado 124.279,03 pontos na máxima e 122.641,84 pontos na mínima do dia, de acordo com dados preliminares.


O volume financeiro somava R$ 20,15 bilhões antes dos ajustes finais.


Após ter atingido na véspera o maior valor em dois anos e meio, o dólar à vista fechou a quinta-feira em leve baixa ante o real, mas acima dos R$ 5,50, com as cotações ainda refletindo a percepção de aumento do risco fiscal, em um dia em que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que a instituição não vai intervir no câmbio em função do nível das cotações.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,5079 na venda, em baixa de 0,20%, após ter atingido na quarta-feira o maior valor de fechamento desde janeiro de 2022. No mês, a divisa acumula alta de 4,90%.


Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,44%, a R$ 5,5045 na venda.

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Ibovespa fecha em grande alta puxados por dados do Caged

Os dados do Caged abaixo do esperado, podem encorajar o BC a ser menos cauteloso na condução de política monetária, o que animou os investidores por aqui



Nesta quinta-feira (27), o Ibovespa finalizou sua sessão em alta de 1,36%, aos 124.307,83 pontos. Com isso, o índice retoma os 124 mil pontos após semanas.

Foi divulgado hoje pelo  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mercado de trabalho brasileiro registrou criação líquida de 131.811 vagas com carteira assinada em maio, resultado de 2.116.326 admissões e 1.984.515 desligamentos.

O resultado acabou ficando abaixo da expectativa dos analistas, que projetavam mais 164 mil postos de trabalho, com teto das estimativas em 262.957 e mediana de 200 mil empregos criados.

Assim, após dados do Caged abaixo do esperado, podem encorajar o BC a ser menos cauteloso na condução de política monetária, o que animou os investidores por aqui.

No âmbito político, outro fator que animou para o índice hoje foi o discurso do presidente Lula, que assumiu que há espaço para cortar gastos.

O dólar fecha em queda de 0,22%, cotado a R$5,50. A moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 5,53 e mínima de R$ 5,48. Enquanto isso, o Euro fechou em leve queda de 0,07%, cotado a R$5,89.

Na Europa, os principais índices fecham dia com quedas, com exceção da Alemanha. Mercados oscilaram com a atenção voltada para novos dados nos EUA amanhã, com a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) de maio, o medidor de inflação preferido do Federal Reserve. Os investidores esperam que o relatório mostre uma redução das pressões sobre os preços, o que poderá cimentar a probabilidade de a Fed baixar as taxas de juro ainda este ano.

Nos Estados Unidos, foi divulgado mais cedo que o PIB sobe 1,4% no 1TRI, ante previsão de +1,3%. O resultado traz alívio nas projeções de inflação e sugere um cenário macroeconômico favorável para um possível corte de juros ainda este ano.

Mesmo com um bom resultado, os investidores seguram um pouco os ânimos, esperando os dados do PCE, que serão divulgados amanhã pelo Banco Central americano (Fed), que trará mais pistas para o futuro.

Assim, os índices em Wall Street fecharam o seu dia com leves altas.

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Ibovespa abre em alta com commodities e privatização da Sabesp em foco

Investidores também analisam o Relatório de Inflação do Banco Central que melhorou a projeção do PIB em 2024



O Ibovespa abria com viés positivo nesta quinta-feira (27), apoiado pelo avanço de commodities como o minério de ferro e o petróleo, enquanto Sabesp era destaque no noticiário corporativo após a Equatorial ser a única a formalizar proposta pela posição de acionista de referência no processo de privatização da companhia.


Às 10h40 o Ibovespa tinha variação positiva de 0,60%, a 123.371,68 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 14 de agosto, subia 0,28%. Após atingir o maior valor em dois anos e meio, o dólar à vista abriu o dia em queda de 0,27%, a R$ 5,5042 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,24%, aos R4 5,5155 reais.


Investidores também avaliavam o Relatório de Inflação do Banco Central, que trouxe uma melhora na projeção de crescimento do PIB para 2024, mas uma piora na expectativa de déficit em transações correntes. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, discutirá o relatório no final da manhã.


O BC informou que sua projeção para o PIB deste ano passou de 1,9% para 2,3%, ainda abaixo dos 2,5% estimados pelo Ministério da Fazenda. A projeção do BC para o déficit em transações correntes do Brasil em 2024 aumentou de 48 bilhões para 53 bilhões de dólares. Ao mesmo tempo, o BC reduziu a projeção de Investimentos Diretos no País (IDP) de 70 bilhões para 65 bilhões de dólares. Apesar da piora nas expectativas, o IDP ainda cobre o déficit em transações projetado.


Às 11h, Campos Neto e o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, concederão entrevista coletiva em São Paulo sobre o relatório. Antes disso, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”.


No campo corporativo, a Equatorial Energia foi a única a formalizar uma proposta pela posição de acionista de referência no processo de privatização da Sabesp. Na semana passada, fontes afirmaram à Reuters que a empresa de saneamento Aegea e a Equatorial estavam entre os investidores interessados na oferta de ações que privatizará a Sabesp.


Além disso, a Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (27) dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão nas residências de ex-diretores da varejista Americanas, no âmbito da operação Disclosure, que investiga a participação de ex-diretores na fraude contábil bilionária que levou a empresa à recuperação judicial.


O ex-presidente-executivo da Americanas, Miguel Gutierrez, e a ex-diretora da varejista, Anna Saicali, terão seus nomes incluídos na lista vermelha de procurados pela Interpol, após a Polícia Federal não conseguir cumprir os mandados de prisão preventiva contra ambos, pois estão no exterior, segundo uma fonte.


No exterior, investidores estão atentos à divulgação de dados de auxílio-desemprego e Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, previstos para as 9h30. Os resultados podem provocar ajustes na curva de juros norte-americana, que oscila perto da estabilidade nesta manhã, e dar um rumo mais firme para o dólar.

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Pré-mercado: à espera do PIB americano

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quinta-feira, 27 de junho



Bom dia. Estamos na quinta-feira, 27 de junho.


Cenário


Após dois dias em que os preços dos ativos financeiros foram dominados pelo noticiário local, as atenções se voltam para o cenário internacional. Na parte da manhã será divulgada a estimativa final para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre. E à noite haverá o primeiro debate para as eleições presidenciais americanas.


Perspectivas


A expectativa dos investidores é de uma desaceleração do crescimento econômico nos Estados Unidos, o que poderá facilitar a redução dos juros pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano. Por isso, resultados muito diferentes do esperado poderão provocar solavancos fortes no mercado.


Indicadores


- Brasil


Relatório Trimestral de Inflação


IGP-M (Jun)

Observado: 0,81%

Esperado: 0,87%

Anterior: 0,89%


- Estados Unidos


Produto Interno Bruto (1º tri)

Esperado: 1,3%

Anterior: 3,4%

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quarta-feira, 26 de junho de 2024

Ibovespa sobe e dólar atinge maior valor em 2 anos

Índice tem leve alta e dólar avança mais de 1% devido ao cenário externo e preocupações fiscais



O Ibovespa fechou com uma alta modesta nesta quarta-feira (26), sustentada pelo desempenho da Vale (VALE3) e outras exportadoras com o avanço do dólar. O efeito de receios fiscais e da alta dos rendimentos dos Treasuries na curva de juros pressionou ações de empresas sensíveis à economia doméstica.


O índice encerrou em alta de 0,25%, a 122.641,30 pontos, na máxima da sessão, após recuar a 121.402 pontos no pior momento, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava R$ 17,3 bilhões antes de ajustes finais.


As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a área fiscal foram mal-recebidas pelo mercado e o dólar superou a barreira dos R$ 5,50 nesta quarta-feira (26), com a cotação de fechamento atingindo o maior valor em dois anos e meio, em movimento favorecido ainda pelo avanço firme da moeda norte-americana no exterior.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,5188 na venda, em alta de 1,20%. Este é o maior valor de fechamento desde 18 de janeiro de 2022 — último ano do governo de Jair Bolsonaro — quando foi cotado a R$ 5,5608 . Em junho, a divisa acumula elevação de 5,11% e, em 2024, alta de 13,8%.

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Após altas e baixas, Ibovespa fecha no azul

O Ibovespa fechou em leve queda, apesar do discurso de Lula, repetindo que não deve cortar gastos via corte de benefícios da população







Segundo a análise de Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, o Ibovespa fechou em leve alta, apesar do discurso de Lula na entrevista ao portal Uol, repetindo o discurso de que não deve cortar gastos via corte de benefícios da população.


Além disso, o índice teve um fluxo comprador positivo, com o estrangeiro voltando a injetar recursos na nossa bolsa desde a semana passada, e assim opera perto da estabilidade, refletindo também um IPCA-15 melhor que o esperado.


Alimentos veio surpreendendo para cima, algo que nós já esperávamos devido a tragédia no RS. Alimentos como tomate, arroz, frutas e o leite lideraram a pressão de alta no índice, mas ainda assim, o dado veio um pouco melhor do que o mercado esperava, mas não o suficiente para aliviar a curva de juros, que refletiu mais a entrevista do Lula hoje cedo, e continua a refletir uma ata mais dura do COPOM de ontem.


Entre as maiores altas das ações que compõem o Ibovespa, temos as ações de commodities, Usiminas refletindo a alta do minério de ferro na China. PRIO refletindo a alta do petróleo e também as expectativas quanto a liberação para exploração da margem equatorial. Por fim, Suzano com o anúncio de que o projeto Cerrado deve entrar em operação.

Entre as maiores quedas das ações que compõem o Ibovespa, temos a Azul, MRV e GPA, que são sensíveis a mudanças no ciclo do juros. E um cenário de uma SELIC mais alta acaba impactando essas empresas.

A alta do dólar está relacionada principalmente com o vencimento do contrato atual, onde o último dia de negociação será na sexta-feira, além da repercussão da entrevista do presidente Lula ao portal Uol, em que repetiu o discurso de não cortar gastos que envolvam cortes de benefícios da população, e que acabou também provocando uma alta nas taxas de juros futuro mesmo com um IPCA-15 melhor que o esperado.

“Acredito que o dólar está sofrendo uma pressão compradora principalmente por parte do investidor estrangeiro, que logo no começo do mês montou uma posição comprada elevada no dólar futuro. A ponta comprada pelo relatório de contratos em aberto da B3 até ontem, aponta que o investidor estrangeiro mantém a ponta compradora com 810 mil contratos de dólar futuro. Essa posição dá a entender que ele deve defender o dólar futuro nos patamares atuais, pois não acredito que ele vai fazer rolagem da posição integral desses contratos, e boa parte ele vai deixar para ser liquidado na PTAX do mês (sexta-feira dia 28), portanto, até sexta, a pressão compradora deve continuar no dólar para defender ele nesses patamares, para que a PTAX do mês fique próxima dos R$ 5,45-R$ 5,50”, explica Fernandes.

Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices

  • Ibovespa: 122.641,30 (+0,25%)
  • S&P 500: 5.477,85 (+0,16%)
  • Nasdaq: 17.805,16 (+0,49%)
  • Dow Jones: 39.127,73 (+0,04%)
  • Dólar: R$ 5,51 (+1,19%)
  • Euro: R$ 5,89 (+0,87%)

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Pré-mercado: inflação vai cravar expectativas dos juros

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quarta-feira, 26 de junho



Bom dia. Estamos na quarta-feira, 26 de junho.


Cenários


Após a Ata dura da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na terça-feira (25), as atenções dos investidores voltam-se hoje para a prévia da inflação de junho. Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o IPCA-15 do mês.


A Ata sublinhou a preocupação do Banco Central (BC) com as condições estruturais de elevação da inflação, assim como o aperto do hiato do produto e a elevação do juro neutro (nem contracionista nem expansionista) da economia, que pode ter avançado de 4,50% para 4,75%. Tudo isso indica, aos olhos do BC, uma preocupação com os preços.


Perspectivas


Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a expectativa é que “o índice varie 0,51% ante a perspectiva mediana do mercado de 0,45%. Em doze meses é esperada uma retomada da alta, que deverá passar de 3,7% para 4,1%”, escreveu ele em seu comentário matinal.


A confirmação desse número, ou um resultado acima disso, deverá disparar revisões das expectativas para os juros até o fim do ano.


Indicadores


- Brasil

IPCA-15 (Jun)

Esperado: 0,45%

Anterior: 0,44%


IPCA-15 (12m)

Esperado: 4,12%

Anterior: 3,70%


- Estados Unidos

Venda de casas novas (Mai)

Esperado: 636 mil

Anterior: 634 mil

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terça-feira, 25 de junho de 2024

Ibovespa fecha em queda com investidores repercutindo ata do Copom

Segundo a análise de Rhuan Pedroza, planejador financeiro e CEO da Pedroza Capital, o Ibovespa operou puxado pelas quedas de Vale




Segundo a análise de Rhuan Pedroza, planejador financeiro e CEO da Pedroza Capital, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa operou puxado pelas quedas de Vale, principal ação do índice, que cai. A queda de VALE3, contudo, não reflete o humor do mercado como um todo, com Itaú e Banco do Brasil puxando o índice em direção contrária, com altas.


Em outras palavras, o mercado opera sem direção clara na sessão e o índice reflete a distribuição de altas e baixas conforme o peso dos ativos que o compõem.


A ata da decisão do Copom de manter a meta da taxa Selic em 10,5% ao ano reitera a abordagem conservadora da autoridade monetária. A postura do comitê é vista, na minha visão, como vital para contrabalançar a postura perdulária do governo. Os juros persistentemente altos, contudo, fazem peso na bolsa brasileira na medida em que desincentiva o fluxo de capitais da renda fixa para a renda variável, o que levaria à alta das ações e, com elas, do índice.


Entre as maiores altas da bolsa brasileira, temos Localiza, WEG e Arezzo.

A ausência de noticiário relevante para RENT3, WEGE3 e ARZZ3 evidencia que as altas refletem basicamente o fluxo de mercado, ou seja, o ponto de equilíbrio entre compradores e vendedores ao longo do pregão.

Entre as maiores quedas observadas, temos Petz, Vamos e Locaweb. PETZ3 sofre com a volatilidade provocada por sua fusão com Cobasi. VAMO3, por sua vez, recentemente chegou a patamares abaixo de seu IPO, há 3 anos, causado pelo excessivo endividamento da companhia em sua expansão aliado à persistente alta da taxa de juros. Já LWSA3 segue em tendência de baixa observada em 2024 em função de seus resultados que têm decepcionado o mercado.

O dólar opera em alta em aparente movimento de equilíbrio após baixa de mesma magnitude ontem, considerando que não há noticiário relevante nas últimas horas.

Já os juros futuros operam estáveis, indicando manutenção do DI diante da inalteração do cenário macroeconômico.

Confira os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices

  • Ibovespa: 122.331,39 (-0,25%)
  • S&P 500: 5.469,36 (+0,39%)
  • Nasdaq: 17.717,65 (+1,26%)
  • Dow Jones: 39.112,43 (-0,76%)
  • Dólar: R$ 5,45 (+1,19%)
  • Euro: R$ 5,85 (+0,96%)
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Ibovespa cai com ata do Copom e expectativa de dados de inflação

Mercado reage à ata e aguarda importantes indicadores de inflação no Brasil e nos EUA



O Ibovespa caía nas primeiras negociações desta terça-feira (25) à medida que os investidores analisavam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e aguardavam uma série de dados de inflação nesta semana.


Por volta das 10h30, o índice tinha queda de 0,11%, aos 122.503,33 pontos. O dólar à vista subia 0,43%, a R$ 5,4135 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,32%, a R$ 5,4140 na venda.


No cenário doméstico, o mercado analisava a ata da reunião do Copom na semana passada, quando os membros do BC decidiram manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, interrompendo um ciclo de sete cortes de juros consecutivos.


No documento divulgado nesta terça-feira, as autoridades aprofundaram pontos levantados na semana anterior, reiterando uma postura de cautela diante de um ambiente global incerto e cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação de projeções de inflação e expectativas desancoradas.


A postura do BC atraiu críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, o que, junto de preocupações do mercado com as contas públicas brasileiras, impulsionaram o dólar no Brasil.


“No dia de hoje, a ata mais firme do Copom sugere a possibilidade de que nós teremos uma pressão baixista (para o dólar)”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.


“Por outro lado, faz algum tempo que a percepção de risco se mantém elevada e o comunicado do Copom na semana passada não conseguiu amenizar essa situação”, acrescentou.


Nesta semana, os investidores ainda voltam suas atenções para a divulgação de novos dados de inflação, em busca de sinais sobre o processo de controle dos preços a nível global.


O mercado nacional analisará na quarta-feira novos dados do IPCA-15 para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,45% na base mensal, ante 0,44% no mês anterior.


No cenário externo, os investidores estarão atentos à divulgação na sexta-feira de números do índice PCE de maio, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Analistas projetam estabilidade, ante alta de 0,3% em abril.

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Pré-mercado: à espera da Ata do Copom

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta terça-feira, 25 de junho



Bom dia. Estamos na terça-feira, 25 de junho.


Cenários


O grande indicador econômico da semana ocorre nesta terça-feira, com a divulgação da Ata da reunião de número 263 do Comitê de Política Monetária (Copom). Para além de justificar a manutenção da taxa de juros Selic em 10,50% ao ano, o texto deverá fornecer uma visão dos diretores do Comitê sobre a inflação prevista para os próximos meses.


Os preços seguem subindo, e as expectativas também. A edição do Relatório Focus divulgada na segunda-feira (24) mostrou que a projeção para o IPCA de 2024 voltou a avançar. Agora, a mediana das estimativas dos profissionais do mercado é de 3,98%. Há quatro semanas o prognóstico era de 3,86%, e o Focus mostrou altas na inflação esperada em sete semanas consecutivas.


Perspectivas


O cenário global é de inflação, com a alta dos juros nos Estados Unidos pressionando as taxas de câmbio e tornando mais caros os produtos cujos preços são vinculados ao dólar. Para além disso, as cotações do petróleo também seguem elevadas. A combinação desses fatores com um mercado de trabalho aquecido no Brasil, que pressiona os preços dos serviços, justifica a manutenção de uma política monetária apertada. Até que ponto? Essa é a resposta que os agentes econômicos esperam encontrar no texto a ser divulgado nesta manha.


Indicadores


- Brasil

Ata do Copom


- Estados Unidos

Confiança do Consumidor CB (Jun)

Esperado: 100,0

Anterior: 102,0

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Ibovespa fecha em alta e retoma os 122 mil pontos

O mercado ignorou as revisões mais pessimistas para a inflação e o câmbio, e aguardam mais dados locais e americanos desta semana



Nesta segunda-feira (24), o Ibovespa remou contra a maré e fechou em alta de 1,07%, aos 122.636,96 pontos. Assim, o índice brasileiro tem o terceiro pregão seguido de altas e consegue recuperar parte das perdas recentes.

O mercado ignorou as revisões mais pessimistas para a inflação e o câmbio, e aguardam mais dados locais e americanos desta semana.

Esse avanço mesmo com novas revisões pode-se colocar muito na conta da reunião da semana passada do COPOM. Mesmo com o mercado em compasso de espera em relação a ata que vai ser entregue amanhã, acredito que a decisão mais cautelosa fez com que os investidores tivessem uma luz no fim do túnel.

Além disso, o Dólar fechou em baixa de 0,93%, cotado a R$ 5,39. A moeda norte-americana teve mais um recuo e durante sua sessão registrou uma cotação máxima de R$ 5,46 e mínima de R$ 5,37.

Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital, conversou com o portal de notícia da Pedroza News e destacou o que mais importante aconteceu.

Sobre as ações no azul, Mendonça fala que “Temos altas pontuais como BRF, MARFRIG e JBS devido a questões chinesas relacionadas ao antidump sobre as importações de carne suína da União Europeia, o que fez o papeis subirem. Se a China passar a comprar carne suína do Brasil ou outros países, isso pode nos beneficiar. O Brasil é o maior exportador de carne suína para a China, respondendo por 26% do volumes, o que também é motivo para essas ações subirem”.

Do outro lado, “temos queda em Azul devido ao avanço do preço do petróleo. A alta do petróleo, na verdade, faz com que as empresas aéres sejam impactadas como um todo. Também temos queda em CSN Mineração devido ao preço do minério, que está no maior nível desde abril. A oferta global está elevada, dia complicado para mineradoras. Vale também tem queda devido a preços futuros de minério de ferro na China”.

Nos Estados Unidos, os índices em Wall Street encerraram mais um dia de forma mista, como aconteceu nas últimas quatro sessões. O centro das atenções, novamente, foi Nvidia, que caiu hoje 5%, e à espera dos dados econômicos que serão divulgados ao longo da semana.

De acordo com a especialista em mercado de capitais, o mercado será bastante movimentado com Indicadores econômicos dos EUA, e também o debate entre Trump e Biden na quinta-feira. Segundo Mendonça “as eleições dos EUA podem movimentar muito os mercados internacionais até porque pelas pesquisas a eleição será bem apertada, já que há pesquisas que mostram que Biden está um pouco na frente, e nos mercados preditivos mostra que Trump ganhará”.

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Ibovespa inicia semana em alta com foco em dados de inflação

Investidores aguardam divulgação de indicadores de preços no Brasil e nos EUA



O Ibovespa sobe nas primeiras negociações desta segunda-feira (24), abrindo uma semana em que os investidores estarão atentos à divulgação de dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos a fim de projetar o futuro da política monetária doméstica e global.


Por volta das 10h25, o índice subia 0,46%, aos 121.399,88 pontos. O dólar à vista caía 0,73%, a R$ 5,40 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,32%, a R$ 5,42 na venda.


Nesta semana, após sessões marcadas por decisões de política monetária no Brasil e em mercados desenvolvidos, os investidores voltam suas atenções para a divulgação de novos dados de inflação, em busca de sinais sobre o processo de controle dos preços a nível global.


O mercado doméstico analisará na quarta-feira novos dados do IPCA-15 para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,45% na base mensal, ante 0,44% no mês anterior.


As divulgações de números de inflação no Brasil têm ganhado importância à medida que as expectativas do mercado sobre os preços seguem subindo para este e o próximo ano, gerando preocupação nas autoridades do Banco Central.


Mais cedo, economistas consultados pelo BC em sua pesquisa Focus elevaram novamente a projeção para o IPCA ao fim deste ano, a 3,98%, ante 3,96% na semana anterior, e para 2025, a 3,85%, de 3,80%.


A visão da autarquia sobre a desancoragem das expectativas será elaborada mais uma vez na terça-feira, quando o BC divulgar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que foi decidida a manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano.


No Focus desta segunda-feira, os economistas ainda elevaram sua projeção para o valor do dólar ao fim deste ano, visto agora em 5,15 reais, ante 5,13 reais na semana passada, em meio à fraqueza recente da moeda brasileira.


No campo corporativo, o Magazine Luiza comunicou  que fechou um acordo inédito com a plataforma de marketplace chinesa Aliexpress para a listagem e venda de seus produtos em ambos os marketplaces, conforme busca potencializar seu e-ecommerce.


O Aliexpress, do Alibaba, passará a vender como seller do marketplace do Magazine Luiza (3P), enquanto a companhia brasileira oferecerá produtos do seu próprio estoque na plataforma brasileira do Aliexpress.


No cenário externo, os investidores estarão atentos à divulgação na sexta-feira de números do índice PCE de maio, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Analistas projetam estabilidade, ante alta de 0,3% em abril.


Após um início de ano em que os preços registraram altas acima do esperado nos EUA, os números mais recentes têm mostrado uma maior moderação, fornecendo confiança aos mercados sobre o processo de desinflação nos EUA.


Apesar da exibição de cautela por parte das autoridades do Fed, um corte de juros em setembro tem sido amplamente projetado por operadores, o que pode fornecer um alívio ao real.

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Pré-mercado: semana terá IPCA-15 e Ata do Copom

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta segunda-feira, 24 de junho



Bom dia. Estamos na segunda-feira, 24 de junho.


Cenários


A semana começa com a expectativa acerca de duas informações importantes. Uma é a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada, que manteve a taxa Selic inalterada em 10,50% ao ano. Outra é o IPCA-15 de junho, que trará a prévia da inflação oficial deste mês e do primeiro semestre de 2024.


Ambas as informações são muito relevantes, pois permitirão ao mercado ter mais visibilidade sobre a percepção do Banco Central (BC) com relação à inflação, e também aos juros. Além disso, espera-se um arrefecimento das pressões políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão do Copom de manter os juros inalterados. E Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que só iria comentar o assunto após a divulgação da Ata.


Perspectivas


Há uma expectativa no mercado para com o movimento das ações. Após várias semanas consecutivas em queda, o cálculo dos investidores é que os ativos brasileiros estão baratos em dólar, o que poderia justificar a chegada de alguns investidores internacionais. As condições econômicas seguem incertas. No entanto, os preços estão tão baixos que justificariam os eventuais riscos.


Indicadores


- Brasil

Relatório Focus

Saldo em transações correntes (Mai)

Esperado: ND

Anterior: – US$ 2,50 bilhões


Investimento estrangeiro direto (Mai)

Esperado: ND

Anterior: + US$ 3,90 bilhões


- Estados Unidos

Sem indicadores relevantes

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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Ibovespa fecha em alta mesmo com preocupações no BC brasileiro e exterior

As novas críticas de Lula ao Banco Central e a Roberto Campos Neto não afetou o Ibovespa e passaram batidas, enquanto no exterior, os investidores seguem lendo dados americanos e estimando quando terá a queda de juros



Nesta sexta-feira (21), o Ibovespa fechou sua última sessão da semana em alta de 0,74%, aos 121.341,13 pontos. Com isso, o índice brasileiro consegue dois dias de altas seguidos.

As novas críticas de Lula ao Banco Central e a Roberto Campos Neto não afetou o Ibovespa e passaram batidas, enquanto no exterior, os investidores seguem lendo dados americanos e estimando quando terá a queda de juros.

A desvalorização do real em relação ao dólar, que ontem (20) fechou em R$ 5,462, alcançando o maior nível em dois anos, não preocupa o Governo Federal e não compromete a confiança que o país conquistou no cenário internacional.

Essa declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à Rádio Mirante News, do Maranhão.

E hoje, o Dólar fecha em baixa de 0,39%, cotado a R$ 5,44. A moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 5,46 e mínima de R$ 5,42.

Mais cedo, os mercados europeus fecharam dia em baixa, colocando no bolso os lucros dos últimos dias, de uma semana com ganhos amplos. A semana foi marcada para o Banco Nacional Suíço, que anunciou cortes nas taxas de juro em 0,25 pontos percentuais, para 1,25%. O SNB tornou-se o primeiro grande banco central a cortar taxas durante já em março.

Já o Banco de Inglaterra manteve as taxas de juro inalteradas no máximo dos últimos 16 anos, em 5,25%, mesmo com a inflação já dentro da meta de 2%, o que faz projeções para agosto serem que começo do ciclo de queda.

Nos Estados Unidos, os índices em Wall Street fecham sem direção única, puxados pelo setor de tecnologia, principalmente pela Nvdia, que acabou caindo mais de 3%, e também pela falta de pistas de quando terá corte de juros no país.

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Ibovespa abre em queda de olho nas movimentações internacionais

Após atingir máxima de dois anos, dólar registra perdas ante o real nos primeiro negócios do dia; confira a abertura do Ibovespa completa



O Ibovespa opera em queda de 0,27% na abertura do pregão desta sexta-feira (21), a 120.160 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Com poucos indicadores brasileiros e com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) devidamente metabolizada, as atenções dos investidores se voltam para os indicadores internacionais e para as declarações de banqueiros centrais sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos.

Após atingir o maior valor em dois anos, o dólar abria a sexta-feira devolvendo alguns de seus ganhos frente ao real. Assim, o dólar recuava 0,35% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,4429.


Mercados internacionais


Nos Estados Unidos, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu na semana passada, mas os dados mais recentes mostraram que o número total de pessoas que recebem benefícios atingiu o nível mais alto desde janeiro, indicando que o mercado de trabalho dos EUA continua a esfriar.


Agora, a grande dúvida dos investidores globais é se os indicadores econômicos darão tranquilidade suficiente para os bancos centrais, em especial o Federal Reserve (FED), o banco central americano, começar a afrouxar a política monetária.


Há argumentos razoáveis tanto a favor quanto contra essa possibilidade, daí o interesse dos investidores sobre a trajetória dos indicadores e sobre a percepção dos diretores de bancos centrais.


Na Ásia, as ações da China fecharam em baixa nesta sexta-feira, acompanhando a queda de seus pares regionais em meio à força do dólar e à retração das ações de tecnologia, com fortes fluxos de saída de capital estrangeiro pesando sobre o mercado.


Os fluxos de portfólio estrangeiro mudaram. Cerca de 33 bilhões de iuanes (US$ 4,54 bilhões) deixaram a China este mês por meio do trecho norte do esquema Stock Connect, após quatro meses de entradas líquidas. O trecho sul também registrou 129 bilhões de iuanes de saídas para Hong Kong até agora neste ano.


Além disso, os investidores permaneceram cautelosos, já que o comitê central do Partido Comunista Chinês deve se reunir em julho para uma reunião importante conhecida como plenária, a terceira desde que o grupo de tomada de decisões foi eleito em 2022, com foco em reformas em meio a “desafios” internos e complexidades no exterior.


O núcleo da inflação do Japão acelerou em maio devido aos impostos sobre a energia, mas um índice que elimina o efeito do combustível desacelerou pelo nono mês consecutivo, mostraram dados nesta sexta-feira, complicando a decisão do banco central sobre quando aumentar a taxa de juros.


A desaceleração do chamado “núcleo do núcleo” da inflação, que é observado de perto pelo Banco do Japão como um indicador importante dos movimentos de preços impulsionados pela demanda, lança dúvidas sobre a visão do banco de que o aumento dos salários sustentará o consumo e manterá a inflação no caminho certo para atingir de forma duradoura sua meta de 2%.


O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,67%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,35%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,24%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,09%.


Na Europa, o crescimento empresarial da zona do euro desacelerou acentuadamente este mês uma vez que a demanda caiu pela primeira vez desde fevereiro, segundo uma pesquisa, com o setor de serviços do bloco mostrando alguns sinais de enfraquecimento enquanto a retração no setor industrial piorou.


Isso ocorreu apesar de o Banco Central Europeu ter feito um corte amplamente anunciado nas taxas de juros neste mês e das expectativas em uma pesquisa da Reuters de mais duas reduções este ano.


O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 50,8 este mês em relação a 52,2 em maio, frustrando as expectativas de uma pesquisa da Reuters de um aumento para 52,5.


Entretanto, junho marcou um quarto mês acima do nível de 50, que separa crescimento de contração.


O Stoxx 600 perdia 0,81%; na Alemanha, o DAX recuava 0,56%; o CAC 40 em queda de 0,62% na França; na Itália, o FTSE MIB perde 1,19%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,65% no Reino Unido.

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Pré-mercado: foco no cenário internacional

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta sexta-feira, 21 de junho



Bom dia. Estamos na sexta-feira, 21 de junho.


Cenários


Em um dia de poucos indicadores brasileiros e com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da quarta-feira (19) devidamente metabolizada, as atenções dos investidores se voltam para os indicadores internacionais e para as declarações de banqueiros centrais sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos.


Na Zona do Euro, os índices de atividade PMI da indústria e dos serviços, divulgados nesta manhã, ficaram abaixo do esperado. O PMI dos serviços de junho foi de 52,6, abaixo dos 53,2 de maio e da expectativa de 53,5. O resultado da indústria recuou para 45,6 ante os 47,3 de maio e ficou abaixo dos 48,0 esperados.


Perspectivas


A grande dúvida dos investidores globais é se os indicadores econômicos darão tranquilidade suficiente para os bancos centrais, em especial o Federal Reserve (FED), o banco central americano, começar a afrouxar a política monetária.


Há argumentos razoáveis tanto a favor quanto contra essa possibilidade, daí o interesse dos investidores sobre a trajetória dos indicadores e sobre a percepção dos diretores de bancos centrais.


Indicadores


- Brasil

Receita Tributária Federal

Esperado: ND

Anterior: R$ 228,9 bilhões


- Estados Unidos

PMI Industrial (Jun)

Esperado: 51,0

Anterior: 51,3


PMI do Setor de Serviços (Jun)

Esperado: 53,4

Anterior: 54,8

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Ibovespa sobe com Petrobras e dólar atinge maior valor em 2 anos

O dólar fechou em alta de 0,39%, a R$ 5,46, maior cotação desde julho de 2022



O Ibovespa fechou com uma alta discreta nesta quinta-feira (20), sustentada pelo avanço de Petrobras (PETR3 / PETR4). Enquanto isso, a reação positiva à decisão unânime do Banco Central de manter a Selic em 10,50% ao ano se mostrou frágil após novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à autoridade monetária.


O Ibovespa encerrou com alta de 0,15%, a 120.445,91 pontos, de acordo com dados preliminares, após chegar a 121.606,64 pontos na máxima pela manhã. No pior momento, chegou a 120.156,30 pontos.


O volume financeiro somava R$ 19,3 bilhões antes dos ajustes finais.


Nem mesmo a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na véspera, que fez o dólar chegar a cair 1% no início do dia, evitou que a moeda norte-americana fechasse novamente em alta nesta quinta-feira. O dólar está no maior patamar em quase dois anos, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a criticar o BC, além do avanço firme das cotações também no exterior.


O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4622 na venda, em alta de 0,38%. Esta é a maior cotação de fechamento desde 22 de julho de 2022 — ainda no governo Bolsonaro — quando encerrou a R$ 5,4976.


Às 17h06, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,80%, a R$ 5,465.5 na venda.

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Ibovespa sobe após decisão do Copom de manter Selic em 10,50%

O mercado reage positivamente à decisão unânime do Banco Central, que aliviou incertezas políticas e reafirmou compromisso com a meta de inflação




O Ibovespa subia nesta quinta-feira (20), aliviando parte das pressões recentes após a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na véspera, de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes de juros consecutivos.

Por volta das 10h30, o índice tinha uma alta de 0,53%, aos 120.261,34 pontos. O dólar à vista caía 0,58%, a R$ 5,4094 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,20%, a R$ 5,4110 na venda.

Nesta manhã, os investidores nacionais começavam a repercutir a decisão dos membros do BC na quarta-feira, de manter o patamar atual da taxa básica de juros, o que já era amplamente esperado pelo mercado.

A escolha pelo fim do ciclo de afrouxamento monetário veio na esteira do que a autarquia classificou como “cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas”.

O foco central da decisão, no entanto, estava no placar. A unanimidade demonstrada pelas autoridades afastou temores de que a divisão da reunião anterior, entre diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os remanescentes da gestão de Jair Bolsonaro, pudesse se repetir.

A incerteza sobre o placar ainda havia sido fomentada durante a semana depois que Lula atacou a atuação de Campos Neto no cargo, dizendo que o chefe do BC trabalha para “prejudicar” o país, e antecipou suas críticas à possibilidade de o Copom manter os juros inalterados.

A percepção é de que a união dos diretores em torno da manutenção da Selic reforça o compromisso da autoridade monetária com a meta de inflação, o que vinha sendo enfatizado pelos membros do BC em aparições públicas recentes.

“Amanhecemos nesse pós-Copom com certo alívio no mercado, dado que a decisão veio exatamente em linha com o esperado”, disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

“A volatilidade trazida pela última decisão foi tratada com cautela e o comunicado trouxe um parecer técnico, indicando que a equipe pretende ter mais cautela com a redução de juros, mesmo sobre críticas do Executivo”, acrescentou.
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Pré-mercado: alívio com a decisão unânime do Copom

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quinta-feira, 20 de junho



Bom dia. Estamos na quinta-feira, 20 de junho.


Cenários


Esta quinta-feira (20) deve ser um dia de alívio para os investidores. Na noite da quarta-feira (19) o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou as expectativas do mercado e manteve a taxa referencial de juros Selic estável em 10,50% ao ano em uma decisão unânime.


Mais do que isso, o Comunicado da decisão mostrou um comprometimento forte com o cumprimento das metas de inflação. Ao justificar a decisão, o Comunicado indicou a necessidade de “interromper o ciclo de queda de juros” devido ao “cenário global incerto” e ao cenário doméstico marcado por “resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.


O texto do Comunicado indica que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente (…) a desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.


No ponto mais surpreendente, o Comunicado informa que o Copom “se manterá vigilante” e “relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”. No limite, essa decisão permite prever até mesmo uma elevação nos juros, apesar de essa hipótese ser considerada pouco provável.


Perspectivas


A provável melhora das expectativas com a decisão unânime do Copom é um ponto necessário (mas não suficiente) para a melhora das condições do mercado. Nos últimos dias a queda das ações e a apreciação do dólar em relação ao real sublinharam a desconfiança dos investidores com a sustentabilidade da inflação. Agora, metade do trabalho está encaminhado: o Banco Central (BC) mostrou que segue vigilante. Falta a outra metade, o Executivo mostrar que está disposto a cortar gastos para manter a situação fiscal equilibrada.


Indicadores


- Brasil

Sem indicadores relevantes


- Estados Unidos

Pedidos iniciais de seguro-desemprego

Esperado: 235 mil

Anterior: 242 mil

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Copom interrompe cortes e mantém juros básicos em 10,5% ao ano

A manutenção ocorre após o Copom reduzir a Selic por sete vezes seguidas. Na última reunião, em maio, a velocidade dos cortes diminuiu.



A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o Banco Central (BC) interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros .

A manutenção ocorre após o Copom reduzir a Selic por sete vezes seguidas. Na última reunião, em maio, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, a taxa tinha sido cortada em 0,25 ponto percentual.

A taxa está no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, quando começou a ser reduzida.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, subiu para 0,46%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos puxaram o indicador após as enchentes no Rio Grande do Sul.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,93% em 12 meses, cada vez mais distante do centro da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%. A estimativa, no entanto, foi divulgada antes da alta do dólar e das enchentes no Rio Grande do Sul. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,96%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,8%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2024.

O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,08% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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