sexta-feira, 5 de julho de 2024

Apesar de pressão das ações da Vale (VALE3), Ibovespa fecha no azul

Após abrir no campo positivo, o Ibovespa passou boa parte da tarde rondando a estabilidade mas conseguiu fechar em alta



Após abrir no campo positivo, o Ibovespa passou boa parte da tarde rondando a estabilidade mas com tendência de queda graças a perdas de ações com peso relevante na composição da carteira teórica. No pano de fundo, investidores digerem os dados de trabalho nos EUA, mas ainda de olho nos movimentos em Brasília.

Payroll: EUA criam vagas de emprego acima do esperado, especialistas analisam

Nesta sexta-feira (05), o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados do payroll, dizendo que o país norte-americano criou 206 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de junho.

O indicador ficou acima das estimativas dos analistas, que de acordo com consenso, era para ser 190 mil vagas no mês.

Além desse dado, o departamento também divulgou que taxa de desemprego ficou em 4,1%, acima dos 4,0% do mês anterior. A taxa esperada pelos analistas era estável em 4,0%.

O especialista em análise macro, Fabio Fares, conversou com o portal da BM&C News e analisou os dados do Payroll e o impacto tanto na economia americana, quanto mundialmente.

Segunda Fares, o relatório é mais um sinal de que a economia americana está desacelerando. ”A criação de empregos no setor privado foi fraca e as revisões do mês anterior foram negativas. Além disso, o crescimento dos salários semanais continua diminuindo e a taxa de desemprego está sob pressão, subindo pelo segundo mês consecutivo”, completou o especialista.

Cenário doméstico: Lula muda o tom e mercado reage bem

A primeira semana de julho foi intensa. Picos no dólar, volatilidade na bolsa e juros longos sentindo toda a pressão das incertezas domésticas. O presidente Lula não se furtou de comentários duros.

Num primeiro momento fez declarações que estressaram o mercado. O dólar chegou a R$ 5,70. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou em cena: “O ministro da Fazenda precisa fazer o que tem feito de melhor, ser o mediador entre governo, mercado financeiro e Congresso. Haddad tem a confiança de Lula e sabe da importância da mediação neste momento delicado”, comenta o analista político Anderson Nunes.

O que explica a insistência de Lula nos ataques ao BC são pesquisas internas que sinalizam apoio da população às críticas aos juros altos e a Campos Neto. O levantamento mais recente que passou pela mesa do presidente da República indicou que mais de 60% dos brasileiros concordam com os ataques do petista ao Banco Central. O número reforçou a crença do presidente de que precisa bater no BC para ajudar a recuperar os índices de popularidade e ajudar o PT a ganhar terreno nas eleições municipais.

Lula só recuou com apelos do ministro da Fazenda, numa reunião do núcleo econômico do governo. O resultado foi o esperado. O presidente mudou completamente o tom: fez discurso enaltecendo o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. Veja aqui.

Haddad convenceu o chefe de que as críticas ao Banco Central, embora encontre simpatia no eleitorado, poderiam elevar a inflação. “Lula fala para o eleitor dele, que num primeiro momento fica satisfeito. porem no futuro podemos ter como consequência os preços mais altos que também vai afetar todos os brasileiros, principalmente os mais pobres”, alerta Mário Goulart, analista CNPI e criador do canal do Analisto

Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:

  • Ibovespa: 126.267,05 (+0,08%)
  • S&P 500: 5.567,19 (+0,54%)
  • Nasdaq: 18.352,76 (+0,90%)
  • Dow Jones: 39.375,87 (+0,17%)
  • Dólar: R$ 5,46 (-0,44%)
  • Euro: R$ 5,92 (-0,2%)
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Ibovespa sobe com dados de emprego nos EUA

Mercado analisa dados de trabalho e monitora a política monetária dos Estados Unidos



O Ibovespa iniciou esta sexta-feira (5) em alta, refletindo números recentes sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e especulações sobre as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed).


Às 10h30, o índice registrava uma leve queda de 0,32%, aos 126.093,46 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 14 de agosto, subia 0,06%.


Os dados mais recentes indicam que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou em junho, com a taxa de desemprego subindo para 4,1%. Esse cenário aumenta a probabilidade de o Fed conseguir controlar a inflação sem causar uma recessão. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia gerou 206 mil empregos fora do setor agrícola em junho, enquanto os números de maio foram revisados para baixo, de 272 mil para 218 mil vagas.


O relatório de emprego sinaliza que a tendência desinflacionária está se firmando após um aumento da inflação no primeiro trimestre. Essa perspectiva pode fortalecer a confiança das autoridades do Fed em relação ao controle da inflação e impulsionar o banco central a considerar cortes na taxa de juros ainda este ano. Desde julho passado, o Fed mantém sua taxa de referência na faixa de 5,25% a 5,50%. A ata da reunião de junho do Fed revelou que as autoridades notaram uma desaceleração na economia e uma diminuição das pressões sobre os preços.


Desde 2022, o Fed aumentou a taxa de juros em um total de 525 pontos-base para combater a inflação. O mercado financeiro continua otimista, especulando que o Fed possa iniciar um ciclo de afrouxamento monetário em setembro.


Paralelamente, o dólar apresentou uma alta frente ao real nas primeiras negociações desta sexta-feira, encerrando uma semana marcada pela desconfiança do mercado em relação às contas públicas brasileiras e críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política monetária nacional. O dólar à vista subia 0,33%, cotado a 5,4926 reais. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,15%, a 5,5070 reais.

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Pré-Mercado: dados de emprego nos EUA no radar

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta sexta-feira, 5 de julho



Bom dia. Estamos na sexta-feira, 5 de julho.


Cenários


Após a pausa do feriado do Dia da Independência, os mercados americanos retomam a atividade nesta sexta-feira (05) à espera dos dados de emprego de junho. Serõ divulgados o nível de criação de empregos não agrícolas (“non-farm payroll”), a taxa de desemprego e a variação do salário médio por hora, além de outros indicadores.


Esses números são particularmente importantes porque outros indicadores divulgados nesta semana mostraram um arrefecimento do mercado de trabalho.


Na quarta-feira (03) o nível de emprego ADP de junho mostrou uma desaceleração. Foram abertas 150 mil vagas líquidas, abaixo das 157 mil de maio e da expectativa de 163 mil.


E também na quarta-feira foi divulgado o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego. A divulgação, que ocorre às quintas-feiras, foi antecipada devido ao feriado. E o número superou as projeções, também mostrando um desaquecimento do mercado. Foram protocolados 238 mil pedidos, acima da expectativa de 234 mil. E o número da semana anterior foi revisado para cima, subindo de 233 mil para 234 mil.


Perspectivas


Em suas declarações mais recentes, os diretores do Federal Reserve (FED), o banco central americano, têm reiterado que a trajetória da política monetária nos Estados Unidos vai depender do comportamento da economia. Ou seja, de indicadores como a inflação, o emprego e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Se o “non-farm payroll” vier em linha com os demais indicadores da semana e confirmar uma desaceleração do nível de emprego, isso será um argumento robusto a favor da redução dos Fed Funds.


Indicadores


- Brasil

Sem indicadores relevantes


- Estados Unidos

Emprego não-agrícola (Jun)

Esperado: 191 mil

Anterior: 272 mil


Taxa de desemprego (Jun)

Esperado: 4,0%

Anterior: 4,0%


Salário médio por hora (12m)

Esperado: 3,9%

Anterior: 4,1%

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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Ibovespa fecha em alta com acenos do governo

O Ibovespa fechou no azul com a repercursão positiva dos investidores para os acenos do governo de cumprimento do arcabouço fiscal



Segundo a análise de Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, depois de semanas de críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, feitas pelo presidente Lula e por membros do governo, e de fazer o dólar futuro trabalhar acima dos R$5,70, o governo parece que alinhou o discurso interno e deu indícios de que pode olhar com mais seriedade o controle e corte de gastos, como visto nas palavras de Fernando Haddad.

Se de fato isso irá acontecer, é uma dúvida que fica, porém, o mercado precisava desse incentivo para acalmar as curvas de juros e o dólar, o que de fato vemos acontecer hoje.

Segundo especialista, o estresse do dólar e da curva de juros, foram causados totalmente, na minha visão, em função das falas do presidente Lula e de membros do governo, que desconsideram todas as questões técnicas que envolvem a decisão do Copom sobre a taxa de juros e o trabalho que vem sendo feito pelo BC do Brasil, evitando que o cenário piore ainda mais.

Um país emergente como o Brasil não pode ter uma diferença de juros tão grande em relação aos EUA, sob pena de ter uma fuga de capital estrangeiro – como vimos acontecer em grande volume no primeiro semestre – o que consequentemente poderia fazer com que entrássemos em um ciclo vicioso de alta do dólar, aumento da inflação e, por consequência, aumento da Selic.

Agora que o governo procurou ajudar o Banco Central no combate à inflação, indicando que pode buscar efetuar um corte de gastos e buscar cumprir o arcabouço fiscal, distensionou de forma substancial a curva futura de juros e o dólar nos últimos dois dias.

Com a queda das curvas futuras de juros, naturalmente já observamos entre as maiores altas do Ibovespa papéis como VAMO3, LREN3 e MGLU3, que são extremamente sensíveis à variação dos juros e se beneficiam dessa queda.

Já na parte de baixo do Ibovespa, vemos PETR4 e PETR3 logo após uma grande mudança de executivos da companhia, optando por remover profissionais técnicos e substituí-los por indicações políticas, trazendo de volta um filme conhecido na cabeça dos acionistas e a preocupação com a interferência do governo que volta mais uma vez.

Além disso, SUZB3, que tem grande influência do dólar, também aparece na parte de baixo, juntamente e acompanhando o recuo da moeda.

Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:

  • Ibovespa: 126.163,98 (+0,40%)
  • Dólar: R$ 5,48 (-1,47%)
  • Euro: R$ 5,93 (-1,2%)
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Ibovespa sobe após Lula autorizar corte de gastos públicos; dólar cai 1,7%

Com volume reduzido devido ao feriado nos EUA, mercado reage positivamente a compromissos fiscais do governo brasileiro e queda do dólar



O Ibovespa buscava manter o viés positivo nesta quinta-feira (4), em meio a notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou corte de gastos públicos, em uma sessão que deve ter volume reduzido por causa do feriado nos Estados Unidos.


O Ibovespa buscava manter o viés positivo nesta quinta-feira (4), em meio a notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou corte de gastos públicos, em uma sessão que deve ter volume reduzido por causa do feriado nos Estados Unidos.


Em suas aparições públicas ao longo da quarta-feira, Lula não criticou a política monetária do BC ou mencionou a alta recente do dólar. Ele havia dito anteriormente que a valorização da moeda norte-americana se tratava de um “ataque especulativo”.


O governo trabalha com uma meta de déficit fiscal zero em 2024 e 2025, mas o alvo é visto com desconfiança por agentes do mercado, especialmente após indicações de resistência do Congresso em aprovar novas medidas que impulsionem a arrecadação, o que tem gerado pressão pela revisão de gastos.


No cenário externo, o mercado dos Estados Unidos está fechado por conta de feriado, o que deve diminuir globalmente o volume de negociações.


Dados econômicos dos EUA na quarta-feira apontaram para uma moderação do mercado de trabalho e ampliaram o otimismo dos investidores por um corte na taxa de juros do Federal Reserve ainda neste ano, o que também ajudou na forte queda da divisa norte-americana no Brasil.


Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.


Na Europa, as atenções estarão voltadas nos próximos dias para eleições, com os britânicos indo às urnas nesta quinta-feira para, possivelmente, eleger um novo primeiro-ministro. Os franceses votam no domingo para formar o novo Parlamento.

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Pré-mercado: feriado nos EUA desacelera negócios

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quinta-feira, 4 de julho



Bom dia. Estamos na quinta-feira, 4 de julho.


Cenários


A comemoração do Dia da Independência nos Estados Unidos deverá reduzir o volume de negócios e a volatilidade dos mercados globais nesta quinta-feira. A tensão diminuin no cenário doméstico. A redução do tom das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à atuação do Banco Central (BC) e o fato de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter reiterado o compromisso com a solidez das contas animaram os investidores. Por isso o dólar fechou em queda de 1.7% na quarta-feira e fechou a R$ 5,56.


Perspectivas


Segundo os analistas da Levante Ideias de Investimentos, “o alinhamento de expectativas entre o chefe do Executivo e a equipe econômica poderá corrigir a trajetória errante para o câmbio observada nas últimas semanas”. E as declarações de Haddad também reduziram o desconforto dos investidores. O chefe da equipe econômica afirmou que Lula determinou que o novo arcabouço seja cumprido “a todo custo” nos próximos três anos e que, para 2025, estão previstos cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias.


Indicadores


- Brasil

Balança Comercial (Jun)

Esperado: US$ 5,08 bilhões

Anterior: US$ 8,53 bilhões


- Estados Unidos

Feriado


- Reino Unido

Eleições gerais

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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Ibovespa avança e fecha na máxima em seis semanas

O dólar cai ante o real e voltou a ser cotado abaixo dos R$ 5,60. A moeda encerrou o dia em baixa de 1,72%



O Ibovespa avançou nesta quarta-feira (03) em 0,70%, fechando em uma máxima em seis semanas, fortalecido particularmente pela alta de mais de 2% das ações da Vale (VALE3). Além de um cenário externo favorável a ativos de risco com declínio nos rendimentos dos títulos do Tesourou dos Estados Unidos.


A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a responsabilidade fiscal é um compromisso do governo, em discurso no qual não citou o Banco Central, ajudou no alívio do dólar. Também auxiliou na curva de juros, reverberando na bolsa, em sessão ainda marcada por expectativa sobre uma reunião dele com a equipe econômica.


O índice encerrou com um acréscimo de 0,70%, a 125.661,89 pontos, maior patamar de fechamento desde 21 de maio, tendo chegado a 126.580,98 pontos na máxima e marcado 124.786,64 pontos na mínima do dia.


O volume financeiro somava R$ 19,3 bilhões antes dos ajustes finais.


Em um dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não discursou contra o Banco Central e a atual política monetária, o dólar finalmente encontrou espaço para cair ante o real e voltar a ser cotado abaixo dos R$ 5,60, em meio à expectativa de que o governo atue de fato para conter a crise de confiança que elevou as cotações nas últimas semanas.


O dólar à vista encerrou a quarta-feira (03) cotado a R$ 5,5683 na venda, em baixa de 1,71%. Na véspera, a moeda havia terminado em R$ 5,6665, no maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.


Às 17h02, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 2,05%, a R$ 5,5800 na venda.

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Ibovespa fecha em alta em dia de recuperação

O Ibovespa registrou um dia de recuperação, fechando com uma alta de 0,70%, alcançando os 126.580,98 pontos



O Ibovespa registrou um dia de recuperação, fechando com uma alta de 0,70%, alcançando 125.661 pontos. Isso representa um ganho significativo de cerca de 870 pontos. Paralelamente, o dólar comercial apresentou uma queda expressiva de 1,71%, sendo cotado a R$ 5,56. Além disso, os juros futuros (DIs) também recuaram em toda a curva.

Valorização das Ações Impulsionada pela Vale e Mercado Externo

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, foi fortemente impulsionado pelas ações da Vale e por um cenário externo favorável. As movimentações no mercado internacional, combinadas com o desempenho robusto das commodities, foram cruciais para essa valorização.

Queda do Dólar e Impacto nas Taxas de Juros

A desvalorização do dólar trouxe um alívio considerável para o mercado de câmbio e títulos. O dólar comercial caiu 1,71%, fechando a R$ 5,56, enquanto os juros futuros recuaram em toda a curva. Esse movimento foi influenciado pelas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente adotou um tom mais moderado em suas críticas ao Banco Central e mencionou possíveis ações para conter a alta da moeda norte-americana, embora sem dar detalhes específicos.

Influência das Declarações do Presidente Lula

As recentes declarações do presidente Lula, sinalizando possíveis medidas para controlar a alta do dólar, contribuíram para um ambiente de alívio nas principais frentes de negócios – ações, câmbio e títulos. A expectativa agora gira em torno das próximas ações do governo, que ainda são um mistério, mas já começaram a influenciar positivamente o mercado.

S&P500 e Nasdaq em Recordes

No cenário internacional, os índices S&P500 e Nasdaq fecharam em níveis recordes, impulsionados pela expectativa positiva antes do feriado e dos dados de emprego nos Estados Unidos. Esse otimismo global também refletiu positivamente no mercado brasileiro, contribuindo para a alta do Ibovespa.

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Pré-mercado: foco no comportamento do dólar

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quarta-feira, 3 de julho



Cenários


O foco do mercado nesta quarta-feira, véspera do feriado americano do Dia da Independência, segue sendo o dólar. Os investidores estão atentos à movimentação da taxa de câmbio, que chegou a R$ 5,70 na terça-feira (3), nível mais elevado desde janeiro de 2022.


O que pressionou o câmbio foi a desconfiança dos investidores com relação à sustentabilidade do equilíbrio fiscal, além da perspectiva de que os juros americanos sigam elevados por mais tempo.


Perspectivas


Nesta quarta-feira há dúvidas se o Banco Central (BC) poderá intervir no mercado de câmbio para reduzir a volatilidade.


Indicadores


- Brasil


Pesquisa mensal indústria (Mai)

Esperado: ND

Anterior: – 0,5%


Pesquisa mensal indústria (12m)

Esperado: – 1,7%

Anterior: + 8,4%


- Estados Unidos


Pesquisa de empregos ADP (Jun)

Esperado: 163 mil

Anterior: 152 mil


Pedidos iniciais seguro desemprego

Esperado: 234 mil

Anterior: 233 mil

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terça-feira, 2 de julho de 2024

Após pregão instável Ibovespa fecha em alta

A instabilidade do Ibovespa hoje reflete a liquidez reduzida em função do iminente feriado de 4 de julho nos Estados Unidos








Segundo a análise de Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera hoje estável. “Ao meu ver, o marasmo reflete a liquidez reduzida em função do iminente feriado de 4 de julho nos Estados Unidos e a ausência de noticiário doméstico relevante, em que pese as recentes declarações do presidente minimizando a importância da redução de gastos do governo e demonizando o mercado”, explica.

Apesar de não fazer tanto preço na bolsa, com o mercado já acostumado à instabilidade política local e com as inseguranças fiscais por aqui, o dólar segue em sua trajetória altista hoje.

“Na minha opinião, a insistente despreocupação do governo com o déficit fiscal faz com que os investidores sigam retirando a moeda estrangeira do país. Isso a torna mais escassa e, consequentemente, mais cara. Por isso, temos o dólar subindo”, disse especialista.

Maiores baixas do Ibovespa

Entre as maiores quedas observadas na bolsa hoje estão Cogna, São Martinho e CVC. A empresa de educação (COGN3) desvaloriza aprofundando a tendência de baixa observada desde o início do ano e devolvendo parte dos ganhos de sessões anteriores, em um movimento puramente técnico de realização de lucros considerando que não há novidades que alterem as perspectivas para o futuro da empresa.

Já o grupo sucroenergético (SMTO3) desvaloriza hoje após o pagamento de dividendos. Por fim, a empresa de turismo (CVCB3) vê seu valor de mercado encolher no dia em continuidade da queda de confiança dos investidores na empresa, que já desvalorizou mais de 50% este ano.

Maiores altas do Ibovespa

Entre as maiores altas observadas na bolsa hoje estão PetroRecôncavo, Minerva Foods e SLC Agrícola. RECV3, produtora de commodity, sobe puxada, na minha visão, pelo movimento altista do dólar. BEEF3, como exportadora de proteína, também se beneficia do movimento e também do imbróglio no comércio de carne entre a China e a União Europeia, o que deve aumentar a importação do país asiático de produção brasileira.

Já SLCE3 se valoriza com a euforia do mercado diante da reavaliação de suas terras com subsequente atualização de suas perspectivas por parte dos analistas de mercado, cujo consenso é de que o potencial de alta aumentou junto com a valorização de seus ativos.

Confira abaixo os dados completos de fechamento do Ibovespa e demais índices:

🇧🇷 Ibovespa: 124.803,21 (+0,08%)
🇺🇸 S&P 500: 5.509,04 (+0,62%)
🇺🇸 Nasdaq: 18.028,76 (+0,84%)
🇺🇸 Dow Jones: 39.331,85 (+0,41%)

💵 Dólar: R$ 5,66 (+0,20%)
💶 Euro: R$ 6,08 (+0,23%)

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Ibovespa sobe com commodities; dólar avança após alta histórica

O índice subia para 125 mil pontos, com destaque para Petrobras e Vale. O dólar avançava devido a preocupações fiscais



O Ibovespa abriu com sinal positivo nesta terça-feira (2), impulsionado pelo avanço das commodities, como petróleo e minério de ferro, beneficiando ações da Petrobras e da Vale. A SLC Agrícola também se destacava entre as maiores altas.


Às 10h25, o índice subia 0,14%, alcançando 125.016,23 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 14 de agosto, registrava um acréscimo de 0,32%. O dólar à vista avançava 0,12%, sendo cotado a R$ 5,6592 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,41%, cotado a R$ 5,6515.


Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,6538 na venda, uma alta de 1,13%, marcando o maior preço de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando terminou em R$ 5,6723.


O mercado estava atento à nova entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã, na qual expressou preocupação com o recente movimento do câmbio no Brasil. Antes da abertura do mercado nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Sociedade de Salvador, Lula afirmou que fará “alguma coisa” em relação à alta do dólar em relação ao real, mas evitou detalhar quais medidas serão tomadas “para não alertar os adversários”.


Lula mencionou que há atualmente um ataque especulativo ao real e que discutirá o que fazer em relação à alta do dólar ao retornar a Brasília na quarta-feira. Ele também voltou a criticar o Banco Central, dizendo que a autarquia não pode estar a serviço do sistema financeiro e do mercado.


Os comentários de Lula sobre o Banco Central somam-se às suas declarações recentes, que, segundo profissionais do mercado, têm contribuído para a alta do dólar frente ao real e o aumento da curva de juros no Brasil. Em 2024, a moeda norte-americana acumula uma elevação superior a 16%.


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alvo das recentes críticas de Lula, também falará nesta terça-feira em um evento do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal.


No exterior, há certa cautela antes da divulgação do relatório Jolts, que trará o número de vagas de emprego disponíveis nos Estados Unidos — uma medida da demanda por mão de obra. Os dados serão divulgados às 11h. O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, também participa do evento do BCE.

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Pré-mercado: o dólar seguirá batendo recordes?

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta terça-feira, 2 de julho



Bom dia. Estamos na terça-feira, 2 de julho.


Cenários


O dólar segue pressionado. No primeiro pregão do semestre, a moeda americana fechou a R$ 5,65, alta de 1,15% e maior cotação desde dez de janeiro de 2022. O câmbio não ficava tão pressionado em quase dois anos e meio.


Para além do dólar, o mercado de juros também mostrou sinais de stress. Na segunda-feira (1), a curva de juros fechou indicando 69% de probabilidade de alta da taxa referencial Selic já na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 31 de julho. O Ibovespa fechou com alta de 0,66% a 124.718 pontos devido, principalmente, a altas nas ações de empresas exportadoras.


Perspectivas


Há causas nacionais e internacionais para a alta dos juros e do dólar.


No exterior, o aumento da probabilidade de uma vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana de novembro indica mais possibilidade de que os juros sigam elevados por mais tempo, o que pressiona o câmbio.


Por aqui, a percepção dos profissionais do mercado de que o governo terá cada vez mais dificuldade para cumprir as metas fiscais insere um componente de risco adicional, que se converte em uma alta nas taxas de câmbio.


O dólar está bastante pressionado e, no ano, acumula uma apreciação de cerca de 15% em relação ao real, uma das maiores do mundo. Apesar da tensão, a moeda americana está oferecendo cada vez mais espaço para uma realização de lucros, por isso não se descarta a hipótese de uma sessão volátil.


Indicadores


- Brasil


IPC-Fipe Mensal (Jun)

Observado: 0,26%

Esperado: ND

Anterior: 0,09%


- Estados Unidos


Ofertas de emprego JOLTs (Mai)

Esperado: 7,96 milhões

Anterior: 8,059 milhões


- Zona do Euro


Inflação ao consumidor (12m)

Observado: 2,5%

Esperado: 2,5%

Anterior: 2,6%


Núcleo da inflação ao consumidor (12m)

Observado: 2,9%

Esperado: 2,8%

Anterior: 2,9%

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segunda-feira, 1 de julho de 2024

Ibovespa fecha em alta puxado pela Petrobras e Vale

O mercado se apoiou na Petrobras, que sobe acompanhando a alta do petróleo lá fora, e Vale, em alta acompanhando o minério de ferro



Nesta segunda-feira (01), o Ibovespa fechou sua sessão em alta de 0,65%, aos 124,718,07 pontos. Com o avanço, o índice brasileiro recuperou os 124 mil pontos.

O mercado se apoiou na Petrobras, que sobe acompanhando a alta do petróleo lá fora, e Vale, em alta acompanhando o minério de ferro.

É bom destacar também que entre os outros papeis do setor de commodities que sobem apoiados pela alta do minério de ferro, estão Suzano e CSN Mineração.

O dólar, que chegou em sua máxima na última sexta-feira, fechou o dia em alta de 1,16%, cotado a R$ 5,65. A moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 5,66 e minima de R$5,65. Já o Euro fechou em 1,04%, cotado a R$6,04.

Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, conversou com o portal da BM&C News e analisou os principais pontos deste pregão do Ibovespa.

Segundo Louzada, outro destaque além das ações, é o o boletim Focus, que trouxe uma expectativa de piora para a inflação. Pela oitava semana seguida, a estimativa do IPCA para este ano passou de 3,98% para 4,0% e a previsão para 2025 avançou de 3,85% para 3,87%.

O economista disse que “perspectiva de piora de inflação colabora para a queda generalizada hoje no setor de varejo. Afinal, para controlar a inflação o BC precisa manter as taxas de juros altas, o que penaliza bastante as varejistas. Com isso, entre as piores quedas do índice, temos ASAI3, PCAR3, ALPA4 e SOMA3. Outro fator que colabora para a queda das varejistas é a alta dos juros futuros, que operam em alta acompanhando os treasuries, nos EUA”.

do lado azul, Louzada destacou as ”empresas do setor elétrico como a CPFL, Cemig, Copel e Eletrobras, que avançam após a Aneel anunciar a bandeira amarela neste mês de julho. A medida tornará as contas mais caras com acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos. A empresa justificou que essa alta acontece por conta da previsão de chuvas abaixo da média até o fim do ano”.

Por fim, é bom destacar que as Bolsas da Europa fecharam em alta hoje após o resultado das eleições na França, com o partido de Marine Le Pen na frente, o que agradou o mercado por lá.

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Pré-mercado: Focus indica expectativa de 4,00% para o IPCA

Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta segunda-feira, 1º de julho



Bom dia. Estamos na segunda-feira, 1º de julho.


Cenários


Divulgda pelo Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (1), a edição mais recente do Relatório Focus mostrou uma nova elevação nas projeções de inflação por parte dos profissionais do mercado financeiro.


A inflação esperada para 2024 agora avançou para 4,00%, levemente acima dos 3,98% da edição da semana anterior. Há quatro semanas, a projeção era de 3,88%.


A taxa de câmbio esperada para dezembro também aumentou. Agora está em R$ 5,20, acima dos R$ 5,15 da semana anterior e dos R$ 5,05 de há quatro semanas.


Perspectivas


A elevação das estimativas para a inflação e para o câmbio mostra o conservadorismo do mercado e a continuidade do que o Banco Central vem chamando de “desancoragem das expectativas”. Ou seja, a convicção dos profissionais do mercado financeiro de que a inflação seguirá subindo apesar de o BC ter interrompido a trajetória de corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho.


Além disso, a semana será abreviada pelo feriado americano de 4 de julho (dia da Independência), a ser comemorado na próxima quinta-feira, o que deve reduzir a liquidez dos negócios dos dois últimos pregões da semana.


Indicadores


- Brasil

Relatório Focus


PMI Industrial S&P Global (Jun)

Esperado: ND

Anterior: 52,1


- Estados Unidos

PMI Industrial (Jun)

Esperado: 51,7

Anterior: 51,3

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